FDR ENTRA NA ÁREA DE COMBUSTÍVEIS E ESTUDA COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA NO EXTERIOR
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Mirando em novos negócios, a empresa FDR Energia acaba de entrar na área de combustíveis, com o objetivo de comercializar contratos e distribuir volumes físicos de etanol e gasolina. “A FDR Combustíveis está projetando para este primeiro ano um faturamento na casa de R$ 150 milhões e também a compra de alguns ativos”, afirmou o sócio-diretor da companhia, Erick Azevedo. Outra área que a empresa pretende ampliar a participação é a de comercialização de energia em outros países. “Contratamos uma consultoria do setor para nos auxiliar com alguns assuntos pontuais nessa área”, explicou o executivo. Para o ano de 2018, os planos incluem a ampliação do número de consumidores em sua carteira e também a expansão do lucro.
Qual o balanço das operações da empresa em 2017?
Foi um ano de transição. Nossa empresa passou por uma cisão no início de 2017 e por isso nossos números ficaram um pouco menores, já que parte deles ficaram na outra empresa. Então, fechamos o ano com faturamento de R$ 320 milhões e com um lucro de 17% desse valor. Estamos passando agora por auditoria do balanço. Passando para 2018, nós viramos com R$ 350 milhões já vendidos. Estimamos para este ano que o nosso faturamento ficará entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão. Não focamos muito no curto prazo, nossas prioridades são o médio e longo prazos.
Quais são os objetivos e novidades daqui para frente?
Neste ano, vamos começar com nossa empresa de combustíveis, a FDR Combustíveis, e estamos com boa perspectiva. Estamos com mais de 400 contratos na bolsa e entramos em negociação para compra de uma base de combustíveis. Também está no nosso planejamento a abertura de uma trade para importação de combustíveis. Projetamos ainda, mais para frente, a expansão de ativos nessa área.
Qual foi a janela de oportunidade para a entrada na área de combustíveis?
Com a nova política de preços da Petrobrás, o valor ficou flutuante e isso favorece a nossa expertise de trade. Estamos com boa perspectiva também. A FDR Combustíveis está projetando para este primeiro ano um faturamento na casa de R$ 150 milhões e também a compra de alguns ativos.
Já tínhamos relação com a indústria de etanol e também estávamos em conversas com distribuidoras de combustíveis. Com o início da política de combustíveis, esses agentes começaram a se aproximar de nossa empresa. A partir daí, contratamos um especialista da área para ser o executivo desse segmento, com experiência internacional, tendo inclusive já trabalhado na BP. Esta era uma área que nos chamava a atenção há alguns anos.
Que tipo de ativos a empresa tem interesse em comprar?
Nós estamos negociando uma base de combustíveis em São Paulo. Mais para frente pensamos em até fazer parte de uma refinaria.
E quais são os objetivos da FDR no Brasil para 2018?
Os objetivos são ampliar o número de consumidores na nossa carteira – hoje, temos pouco mais de uma centena – e também aumentar nosso lucro. Ainda estamos fechando o balanço, mas o lucro do ano passado ficou entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões. Para 2018, a estimativa é de R$ 100 milhões.
Quais são as perspectivas com o mercado de comercialização?
A empresa esperava mais por parte do governo, principalmente uma abertura maior do mercado, o que acabou não acontecendo. Frustrou um pouco nossas expectativas. Mas mesmo assim, vamos continuar nosso trabalho de tentar migrar consumidores para o mercado livre em todo o Brasil. Eu esperava que o governo flexibilizasse mais os limites mínimos para transição para o mercado livre. A empresa tinha a expectativa em torno disso e não tem mais em função da sinalização do próprio governo, que resolveu priorizar a questão da privatização da Eletrobras.
E no mercado de geração? Como andam os negócios?
Nós temos um escritório que prospecta projetos. A nossa característica é começar do zero, desenvolver desde o green field até a construção. Já tivemos mais otimistas com este setor. Hoje, a FDR continua com a perspectiva, pretendemos evoluir ao longo desse ano. Mas essa área já teve maior importância no nosso planejamento. Hoje, em função das incertezas do setor e em virtude a tudo o que está acontecendo, diminuiu nosso apetite nesse setor.
Além destes setores, existem outros que despertam interesse?
Não, por enquanto são estes que eu falei. Nosso foco será em combustíveis, mercado livre e comercialização de gás natural. Também estamos estudando comercialização de energia em outros países. Contratamos uma consultoria do setor para nos auxiliar com alguns assuntos pontuais nessa área.
No médio e longo prazo, quais são os planos de crescimento?
Dentro do nosso planejamento plurianual, a meta é se aproximar de alguns bancos, estamos em conversas com alguns internacionais, inclusive. Um deles está para instalar um escritório em nosso prédio. Visamos operações estruturadas na área de energia e alguns negócios pontuais que podem evoluir para outros negócios. Mais para frente, a empresa também estuda a abertura de capital.
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