FDR ENERGIA VAI INICIAR OPERAÇÃO DE NOVAS USINAS NO PRÓXIMO ANO | Petronotícias




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FDR ENERGIA VAI INICIAR OPERAÇÃO DE NOVAS USINAS NO PRÓXIMO ANO

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) – 

Erick Azevedo

De olho na expansão de sua presença no mercado brasileiro, a empresa FDR Energia se prepara para dar os seus próximos passos. A companhia colocará em operação no ano que vem novas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) para atender o mercado do Sudeste. A empresa também deve iniciar as atividades de mais usinas em 2019. Paralelamente ao planejamento para o futuro, a FDR está lançando mensalmente um mapa sobre a atratividade das energias limpas no mercado livre de energia. O estudo, coordenado pelo sócio-diretor da FDR Energia, Erick Azevedo, aponta que desde o início do ano houve uma queda de 26% na atratividade das fontes renováveis no mercado livre. Apesar do índice negativo, o executivo afirma que o cenário deve melhorar a partir de junho, por conta da previsão de maiores índices de chuva.

Quais foram os principais dados do mapa de atratividade?

Nós fazemos esse índice mensalmente para informar ao consumidor final se o momento é bom para migrar para o mercado livre de energia. Mostramos onde no Brasil existe as melhores condições, o maior retorno para o consumidor final. Elaboramos um índice e divulgamos ao mercado.  Se esse índice estiver entre 0,8 e 1, significa que é o momento de migrar imediatamente para o mercado livre. De 0,8 a 0,6, o momento é bom. Nas piores escalas, abaixo de 0,3, a recomendação é esperar. No último estudo, o estado que se apresentou mais atrativo foi o Rio de Janeiro. Depois, aparecem Mato Grosso e Tocantins.  Desde janeiro, a queda é de 26% na atratividade das fontes limpas para o mercado livre de energia.

Quais são os fatores para a queda de atratividade no ambiente de contratação livre?

Porque o preço da energia desde o começo do ano até mês de maio só foi subindo. Como estava muito atrativo, tivemos uma venda muito forte de fontes alternativas no ano passado. Com isso, elas ficaram mais escassas. Além disso, tivemos a um período de seca no começo desse ano, o que fez com que a energia subisse. 

Quando este índice deve começar a subir novamente?

A partir de junho o índice deve começar a melhorar, porque a situação do clima melhorou. Além disso, temos a flexibilização dos limites para energia efetivada. Antes, clientes que só poderiam comprar energia efetivada vão poder comprar energia convencional por meio de alteração na legislação, que deve ser concluída no mês que vem. 

Existe uma classe de consumidores de menor porte que só podem comprar as fontes efetivadas (PCHs, usinas solares, usina de resíduos sólidos, eólicas com porte de até 30 MW). O governo sinalizou que vai deixar a escolha livre, ou seja, essa classe poderá escolher se vai optar pela energia convencional ou efetivada. Isso vai melhorar o ambiente para o consumidor porque  hoje ele está preso à energia efetivada. 

E como o país pode aumentar ainda mais a atratividade das fontes limpas?

O mais difícil hoje é a questão do financiamento. Nós, como investidores, temos muitas dificuldades de conseguir investimentos no BNDES, que exige muitas garantias. Conseguir recursos não é fácil para quem investe em fontes alternativas. 

E existe expectativa de crescimento do mercado livre de energias alternativas?

Com certeza, porque no mercado livre a empresa tem uma série de vantagens. A maior delas é a redução de preço. Quando você fecha um contrato no mercado livre, o preço da energia fica fixado durante todo o contrato, sofre apenas uma correção. No mercado cativo o aumento do custo é maior. Ao longo dos últimos anos, o mercado cativo teve incremento de cerca de 50% na tarifa. 

E em relação ao futuro da FDR Energia, quais são os planos da empresa para crescer?

O foco da FDR é fornecer energia para o consumidor no mercado livre. Estamos com expectativa muito grande porque acreditamos que o mercado livre no Brasil, assim como no mundo, está se tornando mais necessário, proporcionando energia mais limpa. Também para os próximos anos estamos na expectativa do início da operação de algumas das nossas usinas. Ainda depende muito de financiamento. Mas por mais que o Brasil esteja em crise, energia é insumo básico e muito necessário.

Quando essas usinas devem entrar em operação?

Hoje nós temos por volta de uma dúzia de projetos que estão em estado avançado. A maioria em Minas Gerais, de olho no mercado do Sudeste, o maior consumo do País. São usinas do tipo CGH, que tem entre  1 MW e 5 MW de potência. Os projetos mais adiantados devem entrar em operação no ano que vem e outros em 2019. Para esse ano, não temos nenhuma entrada prevista.

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