FECHOMETAL ABRE UNIDADE NOS ESTADOS UNIDOS E AMPLIA PLANOS DE EXPORTAÇÃO

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –

Jose-Amorim-Fechometal-A Fechometal, que fabrica produtos metálicos para diversos fins, está dando novos passos fora da fronteira brasileira e abriu recentemente sua primeira unidade nos Estados Unidos, no estado da Flórida, com o objetivo de dar sequência a um plano de exportação traçado no ano passado. O diretor da empresa, José Amorim, conta que estabeleceram um depósito na região, mantendo a fabricação das peças no Brasil, com a primeira fase do processo focada na área de telecomunicações e a segunda, que está começando agora, partindo de vez para o segmento de petróleo americano. Os primeiros movimentos da segunda etapa dessa expansão foram consolidados na participação da companhia na OTC de Houston, ocorrida na última semana. “Temos um bom preço, muito competitivo no mercado americano, com uma qualidade igual ou superior a deles, porque estamos fabricando todo nosso material com aço inox brasileiro”, explica o executivo, que estabeleceu um representante também na Califórnia e agora busca outro para atuar em Chicago.

Além disso, Amorim conta que desde ao ano passado também lançaram outra linha de atuação no Brasil, com a prospecção de clientes de menor porte, para enfrentar o momento de menores encomendas de grandes contratantes e para garantir um fluxo contínuo de demandas.

Quais os principais contratos da Fechometal atualmente?

No momento, estamos tentando sobreviver no Brasil, focando mais nos pequenos compradores, tentando aumentar nossa capilaridade, porque os grandes clientes deram uma diminuída no volume de negócios.

Qual tem sido o resultado?

Tem dado certo. Temos conseguido reverter o quadro negativo de mercado. Estamos inclusive com uma melhora em relação a 2015, com um crescimento de 10% a 12%. Sentimos que no ano passado as grandes companhias diminuíram o volume de negócios, então mudamos a estratégia focando nos pequenos clientes, que dão mais trabalho, diminuem o tíquete médio, mas garantem uma margem maior. Apesar de serem menores, eles têm uma continuidade nesses pedidos todos os meses.

Que tipos de clientes fazem parte dessa estratégia?

Pequenas empreiteiras e pequenas revendas. Investimos mais na prospecção de novos negócios, porque estávamos muito absorvidos nos grandes pedidos, principalmente da área naval, então tinha que ter um cuidado grande e com uma margem menor. Agora continuamos trabalhando com os grandes pedidos, mas focamos também em prospectar novos clientes, mesmo os pequenos.

Como está sendo essa prospecção?

Minha equipe tem viajado bastante pelo Brasil, ligado para as empresas e estamos conseguindo obter sucesso.

Na área de óleo e gás também?

Não. No óleo e gás os pedidos continuam vindo dos estaleiros, a que temos atendido de maneira direta, mas houve uma queda muito grande em Macaé.

E como foi a participação na OTC?

Nesse ano mudamos a estratégia. O foco foi buscar o mercado externo mesmo, porque a empresa começou um processo de ida ao mercado americano. Abrimos um escritório e um depósito na Flórida, próximo a Miami, com o foco na exportação. Tentamos inicialmente fazer vendas diretas do Brasil, mas não tivemos sucesso porque percebemos que o mercado não aceita esperar muito. Eles querem o material para pronta entrega, então tivemos que mudar o planejamento e abrir uma unidade com depósito local.

A fabricação continua no Brasil?

Sim. Fabricamos no Brasil e levamos para os EUA por nossa conta e risco, botando estoque lá para vender no mercado americano.

Estão tendo sucesso?

Começamos o projeto efetivamente em dezembro, com a formação da empresa. Depois iniciamos a produção para formar o estoque. Fizemos uma pesquisa de mercado para avaliar o que estava sendo demandado nos EUA, iniciando a primeira etapa com o setor de telecom e de construção, deixando a área de óleo e gás para a segunda etapa do plano.

Que tipos de produtos estão levando?

Fechos, fitas, suportes, ferramentas etc. E no segundo momento, agora, usamos a OTC para prospectar o mercado de petróleo. Em janeiro, fomos a uma feira em New Orleans, de telecomunicações, e agora estamos focando no petróleo. Se tivermos uma boa resposta, e acho que estamos tendo, vamos iniciar esse segundo passo, que será levar as abraçadeiras para os Estados Unidos e fazer apenas a montagem lá.

E qual a expectativa desse novo planejamento a médio prazo?

Nossa expectativa é começar vendendo uma média de US$ 200 mil no mercado americano, com o objetivo de atingir uma venda de US$ 1 milhão em produtos e materiais no ano que vem. Temos um bom preço, muito competitivo no mercado americano, com uma qualidade igual ou superior a deles, porque estamos fabricando todo nosso material com aço inox brasileiro, que é da linha 304, superior a mais comercializada nos EUA, que é a 201. Então estamos apostando nesse projeto para crescer no mercado americano.

O escopo de atuação será em todo o País?

Sim. Já temos um representante na Califórnia, que foi treinado por nós, temos um funcionário no escritório de Miami e estamos contratando um representante em Chicago.

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