FEDERAÇÃO DOS PETROLEIROS DESAFIA DECISÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO E MANTÉM A GREVE
A FUP (Federação Única dos Petroleiros) desafia a Tribunal Superior do Trabalho ao decidir manter a greve iniciada ontem (25). A entidade diz que vai manter a paralisação de cinco dias. O Ministro Ives Gandra Martins suspendeu os repasses aos sindicatos e determinou ainda o bloqueio cautelar das contas das entidades sindicais no limite de R$ 2 milhões a cada dia de prosseguimento do movimento dos trabalhadores. Segundo o diretor de assuntos institucionais e jurídicos da FUP, Deyvid Bacelar, a federação já entrou com recurso no TST para tentar derrubar a decisão do ministro. Para a FUP, o movimento tem um caráter social porque os petroleiros estão sendo chamados a protestar por meio da doação de sangue, e as unidades produtoras da Petrobrás não estão sendo paralisadas como poderia acontecer em uma greve. Em algumas refinarias não está havendo a troca de turno, uma vez que a categoria está aderindo ao movimento.
Bacelar considera que o movimento não está parando unidades e que não há impacto na produção e que dessa forma está cumprindo a decisão do tribunal. Uma nota do TST diz que “A Petrobrás demonstrou que diversas refinarias paralisaram suas atividades e que os grevistas estão impedindo a entrada de funcionários em suas instalações”. A FUP afirmou que a empresa incluiu metas de segurança, saúde e meio ambiente (SMS) como critérios para pagamento de bônus e concessão de vantagens, o que, segundo ela, fere cláusulas do acordo trabalhista. Se o Presidente da companhia, Roberto Castello Branco, ouvir os conselhos do Ministro da Economia, Paulo Guedes, muitos grevistas correm risco de perder o emprego.
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