FEDERAÇÃO DOS PETROLEIROS MARCA NOVA GREVE TURBINADA POR VÍDEO DE FUNCIONÁRIA QUE QUER MANTER O TRABALHO EM CASA
A Federação Única dos Petroleiros está dobrando a aposta contra a direção da Petrobrás ao convocar uma segunda greve da categoria petroleira para a próxima quarta-feira (26). O movimento é contra a determinação da empresa de aumentar de dois para três os dias de trabalhos presenciais. A FUP, que está anunciando uma greve de advertência de 24 horas, disse que a decisão foi tomada em assembleias realizadas nas unidades operacionais e administrativas da Petrobrás. O movimento foi turbinado por um vídeo divulgado pelo Sindipetro-RJ, onde a técnica de segurança Luciana Frontin, faz uma manifestação pública, se dizendo estressada apenas por pensar em trabalhar três dias na companhia. Ao mesmo tempo, em seu perfil no Linkedin, ela mesmo se diz executiva de um Banco Digital e que estava feliz por estar fazendo um novo trabalho empreendedor. O privilégio de trabalhar em casa foi iniciado por causa da pandemia, mas ela já acabou faz tempo. Quem recebeu este direito quer manter o privilégio, mas é uma pequena parte do total dos funcionários da companhia que ainda fazem o teletrabalho. Para muitos, ser técnica de segurança em casa e ainda ter mais duas ocupações foi um tiro no pé neste tipo de reivindicação.

Luciana Fontim, Técnica de segurança da empresa quer trabalhar de casa, onde atua em duas outras atividades
Os petroleiros que ainda são sindicalizados, expandem a pauta de reivindicações para angariar apoio da classe, incluindo na pauta a defesa da Remuneração Variável, com a exigência de que os valores não sejam reduzidos, “especialmente considerando que a redução de 31% nos montantes apresentados pela empresa nos simuladores de dezembro do ano passado é considerada inaceitável, enquanto a companhia repassa 207% dos lucros para os acionistas. A Remuneração Variável é o pagamento adicional ao salário base que varia de acordo com o desempenho do funcionário ou da empresa”, diz o comunicado da FUP.
Outras demandas incluem a defesa do teletrabalho, com a suspensão do cronograma de mudanças pretendido pela Petrobrás e do termo de adesão individual, e a abertura de negociações coletivas sobre novas regras que contemplem os impactos sobre os trabalhadores. A categoria também cobra uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) do Plano Petros, de previdência, e a criação de um plano único e integrado de cargos, carreira e salário.
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