FIRJAN CONTESTA O AUMENTO NO PREÇO DO GÁS PARA A INDÚSTRIA FLUMINENSE
A questão do gás no Brasil ainda vai dar pano para mangas. Quando o país tiver uma infraestrutura melhor em termos de armazenamento e liquefação, o gás americano, com preços inferiores a US$ 3 dólares, vai inundar o mercado brasileiro e, para o Brasil, será difícil competir com o gás retirado do pré-sal. Por enquanto, há um outro lado da questão. Veja o alerta da Firjan: “No rastro do lançamento do Novo Mercado de Gás, o Rio de Janeiro pode sofrer mais uma vez com o aumento do custo da molécula por contrato de fornecimento da Petrobrás para a distribuidora”. A Firjan, presidida por Eduardo Eugênio (foto), critica o reajuste de 3,55% no custo do gás natural, homologado pela Agenersa e válido desde ontem (1º) para todos os consumidores industriais.
A Firjan encaminhará ofício para ao governo do estado e à Agenersa, solicitando a suspensão do aumento do preço do gás e transparência com a abertura do contrato que rege o preço da molécula do gás natural. Segundo a federação, somente por meio do conhecimento da fórmula que rege os ajustes de preço de gás natural, especificamente da molécula – maior parcela entre produtor e distribuidor -, será possível afirmar os reais motivos do aumento e se há práticas abusivas anticoncorrenciais que mereçam revisão de acordo com as condições do mercado.
Conforme a nota técnica da federação “Preço do gás natural e impactos para a indústria fluminense”, nos últimos 12 meses (agosto/2018 a julho/2019), enquanto as variações acumuladas do diesel, gasolina e óleo combustível A1, chegaram a apresentar variação negativa de até 2 dígitos percentuais, o gás natural manteve ascensão. E, até julho, já acumulava aumento em torno de 25%. Mais recente, a Petrobrás anunciou redução de quase 10% no preço do Gás Liquefeito do Petróleo – GLP.
A Firjan, lembra ainda, que atual discussão no país é de abertura do mercado do gás e a consequente redução do custo do energético, podendo chegar até em 50%, de acordo com o governo federal. Por fim, a federação destaca que o industrial fluminense já é altamente impactado com os reajustes ocorridos no preço do gás natural. Só entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018, este custo teve um aumento de 98% no estado do Rio.
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