FORÇA-TAREFA DA LAVA-JATO AMEAÇA ABANDONAR TRABALHOS CASO LEI DO ABUSO SEJA SANCIONADA
O Congresso brasileiro conseguiu chegar no topo do seu divórcio com a população brasileira, às vésperas de uma manifestação popular marcada para domingo, dia 4, em todo país. Se faltava combustível para uma revolta, os políticos conseguiram colocar gasolina na fogueira. Eles Conseguiram desfigurar um projeto que barraria a corrupção no país. O pacote anticorrupção aprovado pela Câmara de Deputados na última madrugada, bem diferente do que foi proposto inicialmente pelo Ministério Público Federal (MPF), também causou revolta aos membros da força-tarefa da Lava Jato. Uma das alterações feitas no texto prevê punição de juízes e membros do MP por abuso de autoridade. A resposta foi dura: a força-tarefa ameaçou abandonar os trabalhos caso o presidente Michel Temer sancione a lei.
“Se nós acusarmos, nós podemos ser acusados. Nós podemos responder, inclusive, pelo nosso patrimônio. Não é possível, em nenhum estado de direito, que não se protejam promotores e procuradores contra os próprios acusados”, disse o procurador do MPF, Carlos dos Santos Lima (foto), em entrevista coletiva. “A nossa proposta é de renunciar coletivamente caso essa proposta seja sancionada pelo presidente”, acrescentou.
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, tem se referido à proposta como “lei da intimidação” e declarou na coletiva que essa medida foi o golpe mais forte contra a Lava Jato ao longo de dois anos e oito meses de operação. “Os procuradores da força-tarefa estão de acordo que não será possível continuar trabalhando na Lava Jato se a lei da intimidação for aprovada”, lamentou Dallagnol.
NA PETROBRAS, NÃO É DIFERENTE: A Lei da intimidação que estão querendo aprovar no Congresso Nacional já esta operacional na Petrobras há bastante tempo. Na condição de Engenheiro aposentado da Petrobras apresentei serias denuncias envolvendo ilícitos do Petrolão no ano de 2015 (Protocolo 131782015). Decorridos mais de um ano, nada de concreto foi investigado, mas decidiram processar o denunciante por exposição de documentos e informações da Petrobras sem a devida autorização. Resta apenas lamentar a decisão da Ouvidoria Geral da Petrobras quando reconhece e declara ter promovido e arcado com os custos processuais ao colocar em ação advogados externos de… Read more »