FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO PEDE EXTENSÃO DA PRISÃO DE PALOCCI POR TEMPO INDETERMINADO
Tudo indica que o ex-ministro Antônio Palocci vai amargar mais tempo do que esperava atrás das grandes em Curitiba. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) pediram que as prisões temporárias dele e de seu ex-assessor Branislav Kontic sejam não apenas estendidas, mas transformadas em preventivas, sem data determinada para soltura, como aconteceu com outros antigos parceiros de Palocci no PT, a exemplo de José Dirceu e João Vaccari.
A justificativa dada pela força-tarefa da Lava Jato, que efetuou a prisão na segunda-feira (26), foi a alegação de que “há indicativos de que os investigados tenham atuado para ocultar elementos probatórios úteis à investigação”, conforme despacho enviado à justiça.
Agora caberá ao juiz Sergio Moro decidir pela aprovação do pedido ou a recusa, mas o caminho mais provável será o sinal positivo, já que foram encontrados R$ 30 milhões nas contas da empresa Projeto, de Palocci, além de R$ 814 mil em suas contas pessoais, sendo que o pedido de bloqueio era de R$ 128 milhões, referente ao total de propinas que teriam sido pagas pela Odebrecht ao PT somente por meio do ex-ministro, chamado de “italiano” nas planilhas da empreiteira.
As investigações apontaram que o ex-ministro teria atuado em favor da Odebrecht em quatro frentes: a obtenção de contratos com a Petrobrás relativamente a sondas do pré-sal; a medida provisória destinada a conceder benefícios tributários à Odebrecht (MP 460/2009); negócios envolvendo o programa de desenvolvimento do submarino nuclear – PROSUB; e financiamento do BNDES para obras a serem realizadas em Angola.
Os advogados dos acusados negam que eles tenham recebido propina e falam que os dois são inocentes.
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