FORNECEDORAS DA PETROBRÁS SOFREM SEM RECEBER POR EQUIPAMENTOS ENCOMENDADOS

O Plano de Negócios da Petrobrás 2015-2019, divulgado no último mês, não trouxe definições para os fornecedores indiretos da companhia. Muitos deles já entregaram equipamentos e não receberam o que lhes é devido, enquanto outros já têm equipamentos prontos ou em produção e que estão parados.

Segundo o presidente do conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cesar Prata (foto), a soma dos valores destes aparatos chega a R$ 450 milhões. O executivo disse que o interlocutor da Petrobrás na questão, o gerente executivo Ivanildo de Almeida Silva, o novo plano da estatal não definiu em sua totalidade quais obras continuam e quais devem parar, atrapalhando as negociações com os empresários.

A entidade foi notificada, até o momento, apenas do cancelamento das Unidades de Fertilizantes Nitrogenados IV e V (UFN IV e V). Os fornecedores envolvidos nos projetos já podem contabilizar seus prejuízos. A UFN III deve seguir em frente, mas somente após a Petrobrás conseguir um sócio para injetar dinheiro no empreendimento.

Cesar Prata afirmou que o maior número de credores está justamente na UFN III e a empresa que mais tem a receber da estatal é a Ecovix, R$ 30 milhões e R$ 120 milhões, respectivamente. Para tentar solucionar a questão, a Abimaq abriu negociações independentes. A Ecovix já teria aceito criar contas vinculadas com a Petrobrás, assim os equipamentos seriam parcialmente pagos diretamente pela companhia, mas a negociação ainda depende de aval da estatal.