FORTESCUE RECEBE SINAL VERDE PARA PLANTA DE HIDROGÊNIO LIMPO NO PORTO DO PECÉM
A Fortescue, empresa de tecnologia dedicada à aceleração da descarbonização da indústria pesada, obteve a aprovação para instalar uma planta de hidrogênio limpo no Setor 2 da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Complexo do Pecém, no Ceará. A decisão do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) foi anunciada menos de duas semanas após o presidente Lula sancionar o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e Investimentos (PHBC).
O pré-contrato assinado para a execução do projeto prevê investimentos de R$ 20 bilhões para a construção de uma das maiores plantas de Hidrogênio Verde do mundo. No entanto, o avanço do projeto Fortescue no Pecém ainda depende da decisão final de investimento (FID, na sigla em inglês), que será avaliada em 2025 pela diretoria da empresa. A aprovação do projeto no regime da ZPE é resultado de uma articulação conjunta entre o Governo Federal, o Estado do Ceará, o Congresso Nacional, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), a Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIVH) e a Fortescue, visando consolidar a produção e distribuição de Hidrogênio Verde no estado.
O gerente geral da Fortescue no Brasil, Luis Viga, destacou que regimes como a ZPE são essenciais devido às vantagens competitivas que proporcionam aos envolvidos, incluindo o poder público federal e estadual, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém e a indústria. “Esse é mais um passo para garantir que o Brasil possa realizar seu potencial de ser líder global na transição para a economia de baixo carbono, o que passa necessariamente pela concretização do Hidrogênio Verde como fonte de energia e insumo industrial viável”, observou.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicam que já foram anunciados mais de 60 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil, totalizando R$ 188,7 bilhões em investimentos. Somente o Ceará já possui mais de 40 memorandos de entendimento (MOUs) assinados.
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