FOSTER, DIRETORIA E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO VÃO DEIXAR A PETROBRÁS

A Era Graciosa acabará em menos de um mês, quando Graça Foster deixar a presidência da Petrobrás.  Ela e toda sua diretoria vão sair do comando da empresa assim que os outros detalhes do balanço do trimestre vierem a público, conforme o Petronotícias antecipou há pelo menos um mês. Pela reação do valor dos papéis da companhia na Bolsa de Valores, aumentando cerca de 15 % num só dia, a decisão do governo era esperada e foi comemorada por todo o mercado.

Ela poderá trazer alívio, dependendo de quem irá substituir os que serão demitidos. Foster deixará um  rastro de destruição, com a quebra de inúmeras companhias, a redução do valor da estatal e a demissão de milhares de trabalhadores. Com certeza isso não traz orgulho para ninguém. Com ela, sairá, também, para o bem de muita gente, o diretor de engenharia, José Figueiredo, que conseguiu deixar um legado ainda pior do que o dela. E esses resultados não se devem apenas ao grave problema de corrupção que a empresa viveu nos últimos anos. Mas a uma administração autoritária em que apenas a estrela de um diretor brilhava: José Formigli.

A presidente Dilma Rousseff era a única a enxergar que a administração Graça Foster seria uma administração de limpeza e que isso traria frutos ao seu governo. A honestidade de Foster nunca foi colocada à prova. Nem pela mídia, nem por qualquer pessoa. Ela se manteve íntegra neste aspecto. Mas a sua capacidade de administração teve um limite e algumas de suas decisões levaram dor e amargura a muitas famílias.

Pelo menos ela não terá que engolir de volta à presidência da Transpetro o ex-senador Sergio Machado, amigo de Renan Calheiros, presidente do Senado, que sempre patrocinou a permanência de Machado. De tal forma que ele já solicitou três vezes e teve a concessão de ser o presidente da companhia, mesmo sem remuneração e nem exercer a função. Foster só engoliu Machado pela força política que sempre teve.

Com Graça e toda sua diretoria, sairá também todo Conselho de Administração. A companhia terá que se reinventar para voltar a exercer na economia brasileira o papel que sempre teve. Como previu Graça Foster quando iniciou o sem número de escândalos de corrupção na companhia,  realmente não ficou pedra sobre pedra. Neste momento, a atual diretoria está toda soterrada.