FRAMES APRESENTA TECNOLOGIAS E BUSCA NOVOS CONTRATOS NA OFFSHORE EUROPE
ABERDEEN – A Frames está aproveitando a Offshore Europe, em Aberdeen, para potencializar seu relacionamento com operadoras, empresas de engenharia e montagem, assim como fornecedores, e tem boas expectativas com a feira, que vai até sexta (11) na cidade escocesa. Dois focos, além do relacionamento com executivos do setor, são a apresentação de novas tecnologias que vêm sendo desenvolvidas pela companhia e a busca de novos contratos de fornecimentos. A gerente geral da Frames no Brasil, Aline Motta Araújo (foto à esquerda), reconhece que a indústria de óleo e gás mundial não está num bom momento, pela queda do preço do barril, mas ressalta que a empresa pode ganhar ainda mais espaço nesse cenário, por conta das soluções customizadas, que geram ganhos operacionais e podem representar redução de custos para os clientes. A executiva conta ainda que um dos focos da empresa será ampliar a atuação no gerenciamento de projetos, o que pode ajudar os clientes a garantirem maior produtividade e atingir essas projeções de cortes no orçamento.
Na Offshore Europe, um dos destaques da companhia no Pavilhão Holandês é o modelo 3D do módulo de tratamento de água produzida que foi projetado para o FPSO Kraken, da Bumi Armada, seguindo a linha de buscar novos equipamentos e soluções mais compactas para os navios-plataforma. Além disso, a presença de alguns dos principais executivos do grupo no evento, como Denny Van Hoof, tem movimentado o estande da Frames durante a feira.
Qual a importância da SPE Offshore Europe para a Frames?
A feira é uma das maiores exposições na Europa, reúne líderes da indústria global, e para a Frames é uma grande oportunidade para encontrar as grandes empresas de petróleo, as empresas de EPC e os fornecedores. Especialmente neste momento difícil, em que enfrentamos grandes desafios na área econômica. Os preços do petróleo caíram consideravelmente, e isso aumenta a pressão para se concentrar nas reduções de custo, obrigando as empresas a terem um planejamento estratégico de contingenciamento. A Frames oferece o link vital entre as áreas de poços e de dutos, de modo que a empresa pode projetar, construir e entregar separadores, sistemas de monitoramento, controle e tratamento, entre outros, com novas soluções para o mercado internacional. A solução customizada que estamos aptos a oferecer gera redução de custo.
Como será a participação da empresa no evento?
Montamos um estande no pavilhão holandês, o 1B21. Nossos colegas estão presentes no estande da empresa, cada um especializado em um segmento específico dos sistemas de soluções da Frames. A feira é uma grande plataforma para o mercado desenvolver e mostrar soluções eficientes para reduzir os custos.
Pretendem apresentar algum novo projeto ou tecnologia na feira?
Vamos apresentar um modelo 3D do módulo de tratamento de água produzida que projetamos para o FPSO Kraken, da Bumi Armada. É parte de um contrato de junho de 2014, que inclui o fornecimento de vários pacotes. O módulo em questão se destaca entre as novas soluções que vêm sendo desenvolvidas pela empresa e tem um reservatório capacitado para processar mais de 3 mil metros cúbicos de água por hora.
Quais as expectativas de novos negócios?
A Offshore Europe é uma grande oportunidade para encontrar companhias de óleo e gás, contratantes e fornecedores, então, sempre há muitas oportunidades de encontros que irão gerar novos negócios. O foco principal é a busca de novos contratos de fornecimento de equipamentos e soluções integradas.
Quais são os maiores desafios da indústria offshore hoje na visão da Frames?
O ano tem sido um desafio para o setor offshore global, por conta da queda do preço do óleo nos últimos tempos. Essa nova realidade tem aumentado a pressão sobre o mercado, afetando companhias de petróleo, empresas de EPC e fornecedores, como a Frames, que teve que se concentrar ainda mais na redução de custos. Isso nos levou a redefinir e melhorar ainda mais nossas tecnologias, como os nossos pacotes do topside de FPSOs. Além disso, na Frames nós trabalhamos lado a lado com nossos clientes visando superar os desafios múltiplos e estabelecer novos padrões no mercado, e então, podemos construir melhor e mais rapidamente os pacotes, além de projetar estruturas mais leves, com custos mais eficientes.
E no offshore brasileiro especificamente?
Os desafios são os mesmos. A Petrobrás é um player internacional, então, como o preço do petróleo caiu no mundo todo, o foco de todos está voltado para isso.
A Frames está desenvolvendo novas tecnologias para lidar com essas questões? Pode citar algumas?
Na Frames, investimos em pesquisa e desenvolvimento para continuar somando novas tecnologias ao nosso portfólio. Desenvolvemos e implementamos com sucesso novas tecnologias de antiespumante, tratamento eletrostático, dessulfuração, separação de líquido e areia, remoção de sal do glicol e remoção de todos BTEX de gases efluentes através de uma nova tecnologia nossa.
No futuro, técnicas compactas de separação se tornarão cada vez mais importantes, como, por exemplo, para o processamento de gás em FPSOs com espaço limitado no deck. Nossa mais nova tecnologia compacta de separação é o SwirlSep. Comparado às tecnologias concorrentes, o SwirlSep tem parâmetros de trabalho muito extensos. Além disso, o gás que flui do SwirlSep é de excelente qualidade, independente da vazão que flui através do sistema.
Quais são os principais projetos da Frames no Brasil atualmente?
A Frames tem vários projetos em andamento no Brasil. Os fornecimentos para os replicantes, para os navios afretados da SBM/Modec, e os FPSOs da Cessão Onerosa. Contudo, muitos desses já foram entregues e hoje estamos fornecendo apoio para os nossos clientes em relação aos equipamentos já fornecidos, por meio da nossa base local do Rio de Janeiro.
Pode citá-los?
Para a P-66 e a P-71, dos replicantes, entregamos algumas unidades de desidratação de gás e estamos entregando outras, assim como unidades de tratamento de água produzida, injeção química e unidades hidráulicas, para o topside e subsea.
E para a Cessão Onerosa?
Para a Cessão Oneorsa, estamos enfrentando alguns desafios, como a suspensão da P-75 e da P-77, mas esses projetos estão sendo esperados para o reinício em breve. Para eles, estamos fornecendo a unidade de desidratação de gás e remoção de H2S. Para a P-74, fornecemos as unidades de tratamento de água produzida, e já finalizamos as unidades hidráulicas para o topside e subsea.
Para a P-76, também da Cessão Onerosa, estamos acabando o projeto da unidade de desidratação de gás e as unidades hidráulicas. Já para os FPSOs da SBM/Modec afretados pela Petrobrás, estamos trabalhando com o MV-24 – vamos fornecer as unidades hidráulicas. Também estamos comissionando os separadores para os FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema, da SBM.
Como a empresa vê o momento no mercado brasileiro?
Como mencionado antes, temos sido muito bem sucedidos nos últimos anos em fornecer sistemas e soluções para o mercado brasileiro. Temos agora uma base instalada, com engenheiros e supervisores de serviços no Rio de Janeiro. Além do nosso departamento de serviço global na Holanda, criamos essa base local de operações para agilizar e dar mais eficiência no atendimento aos nossos clientes, com assistência técnica, peças de reposição, comissionamento e start up. No entanto, o declínio do mercado tem sido sentido de uma maneira difícil no Brasil. Novos projetos estão custando a aparecer e agora nós aguardamos a chegada de novas oportunidades, como o FPSO do piloto de Libra e o FPSO de Sépia.
Como a empresa vê o quadro da indústria offshore global e brasileira nos próximos anos? E como pretende se posicionar para crescer neste cenário?
A expectativa é que os preços do petróleo continuem flutuando, por fatores adjacentes ao mercado, que mudaram de uma forma significativa. Isso coloca a redução de custos como um foco contínuo e muito importante para nós e para toda a indústria. Para crescer nesse cenário, vamos focar cada vez mais no nosso know-how e no nosso amplo portfólio, para utilizar nossas soluções, assim como no gerenciamento de projetos, que é crucial para uma entrega dentro do prazo. Hoje já fazemos isso, mas vamos concentrar ainda mais esforços nisso.
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