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FRAMES QUER AMPLIAR ÁREA DE SERVIÇOS E MANUTENÇÃO EM SUA UNIDADE BRASILEIRA

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –

Denny van Hoof e Aline AraujoA holandesa Frames anda ocupada com diversos contratos no Brasil, atendendo a diferentes projetos, a partir da fabricação e do desenvolvimento local de equipamentos para plataformas da Petrobrás, mas também vem buscando expandir seus horizontes em outra direção. O diretor da unidade de negócios da companhia para equipamentos de segurança e controle de vazão, Denny Van Hoof, conta que o país já representa uma parcela significativa dos negócios da Frames, mas ainda querem ampliar a área de serviços de pós-venda. Denny fica baseado na Holanda, mas voa frequentemente para o Rio de Janeiro, onde fica a unidade brasileira. Além disso, para fomentar as atividades locais, desde junho a empresa conta com uma nova gerente de operações, Aline Motta Araujo. “Nossa base está crescendo e os sistemas exigem manutenção e bons serviços, para continuarem funcionando corretamente. Além disso, o suporte em caso de algum problema é importante. No futuro próximo estamos olhando para isso”, diz Denny.

Como é sua atuação na Frames em relação ao Brasil?

Eu sou diretor da unidade de negócios da Frames para equipamentos de segurança e controle de vazão. Fico baseado na Holanda, mas viajo para o Brasil frequentemente, para dar apoio à nossa equipe local. Desde junho, estamos contando com uma nova gerente das operações no Brasil, que é a Aline Motta, que fica no Rio de Janeiro, para dar continuidade ao relacionamento com nossos clientes locais e apoiá-los melhor. Ela tem muita experiência nessa área. Nosso foco é desenvolver mais nossas atividades aqui, melhorar nossos serviços, e atender bem à Petrobrás, que é nosso cliente final.

Quais são as principais atividades no Brasil da unidade de negócios da Frames que você lidera?

Nossas principais atividades consistem do fornecimento de todo o tipo de sistemas de controle de vazão para plataformas e FPSOs, assim como equipamentos de segurança. São mais sistemas utilitários. Estamos fornecendo para os FPSOs replicantes, assim como para as unidades da Cessão Onerosa. Todos os fornecimentos contam com altos índices de conteúdo local, a partir de parcerias com empresas brasileiras.

O pré-sal foi um fator importante nas encomendas?

Estamos fornecendo também outros equipamentos para todas as empresas que farão a integração dos replicantes, assim como sistemas hidráulicos, para a operação de árvores de natal molhadas. Esses sistemas têm especificações muito complexas, para atender às condições adversas das grandes profundidades do pré-sal. Todo o design e a engenharia deles são feitos na Holanda, com acompanhamento posterior da nossa equipe local, que dá suporte e presta serviço de manutenção aos clientes.

Como vê o momento do mercado brasileiro atualmente?

Vemos algumas oportunidades no horizonte. Estamos bastante ocupados atualmente com os contratos em andamento, e olhamos para os próximos contratos que devem surgir, tanto operados pela Petrobrás, quanto pelas suas subcontratadas. Então estamos acompanhando esse processo.

Qual a representação do mercado brasileiro nos negócios da Frames?

Hoje o Brasil tem uma participação muito significativa nos nossos negóciosEntão o nosso interesse é ter uma participação ativa aqui e continuaremos investindo no país. Começamos a trabalhar no Brasil há mais de 15 anos, e tivemos bastante sucesso aqui, com a nossa parceria com a Petrobrás.

Estão fazendo novos planos no Brasil?

Nosso próximo passo será fortalecer nossos serviços de pós-venda no país. Queremos desenvolver isso no Brasil e há possiblidades, ainda em discussão, em relação ao suporte à base de clientes para quem já fornecemos nossos sistemas, assim como aos que ainda serão atendidos, como os novos fornecimentos para os replicantes e a Cessão Onerosa. Essa base está crescendo e os sistemas exigem manutenção e bons serviços, para continuarem funcionando corretamente. Além disso, o suporte em caso de algum problema é importante. No futuro próximo estamos olhando para isso. Já contratamos pessoal novo, treinamos essas pessoas na Holanda, com nossas especificações, para que elas voltem ao Brasil e possam acompanhar essas operações com segurança.

O foco é aumentar o conteúdo local?

Esse é um dos focos e outro é que precisamos ter uma presença local para esse tipo de atendimento. A nossa presença aqui para isso é fundamental e para isso estamos fazendo novos investimentos.

Muitas empresas investiram em unidades e parcerias aqui, apostando no conteúdo local, e agora a Petrobrás começou a levar alguns projetos daqui para fora do país. Estão sentindo algum impacto em função disso?

Sim e não. Se você falar sobre unidades sendo feitas fora do Brasil, como alguns FPSOs, ainda há percentuais feitos aqui no Brasil. Então o nosso investimento feito aqui, para ter conteúdo local e formar parcerias, continua sendo muito importante, porque podemos usá-lo em relação a outros clientes que atuam aqui, que também tem comprometimento com o conteúdo local.

Quais são as perspectivas da Frames no Brasil nos próximos anos?

Para os próximos anos, vemos muitas oportunidades. Continuaremos investindo na capacitação de pessoal local, na transferência de conhecimento e tecnologia. Nossa empresa ganhou muito conhecimento nos últimos 30 anos de atuação, sendo ativa na área de Exploração e Produção na Industria de Óleo & Gás, e queremos transferir isso para a nossa equipe local. Queremos crescer aqui. Os sistemas que fornecemos aqui devem operar por um período que varia de 20 a 30 anos, então a área de serviços, manutenção e suporte é muito importante. É algo que queremos desenvolver mais aqui.

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