FRENTE PARLAMENTAR NUCLEAR SERÁ LANÇADA HOJE EM BRASÍLIA PARA AJUDAR A DESTRAVAR NOVOS PROJETOS DO SETOR | Petronotícias





FRENTE PARLAMENTAR NUCLEAR SERÁ LANÇADA HOJE EM BRASÍLIA PARA AJUDAR A DESTRAVAR NOVOS PROJETOS DO SETOR

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Júlio Lopes e Celso Cunha

Brasília terá um dia movimentado nesta terça-feira (18), com o lançamento oficial da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares. Um evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, nesta manhã, vai marcar o pontapé inicial da frente, cujo objetivo principal será estimular a ampliação de políticas públicas voltadas ao setor. Ao todo, 217 parlamentares (entre deputados e senadores) assinaram a petição para a criação da frente. Para o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, a iniciativa vai ajudar no desenvolvimento de novos projetos no Brasil, ampliando o uso da fonte nuclear na geração de energia, na irradiação de alimentos e na medicina nuclear. Já o deputado Julio Lopes, que irá presidir a frente, falou sobre o objetivo de ampliar a criação de políticas que estimulem o segmento nuclear no Brasil e enumerou algumas das primeiras ações que estão sendo planejadas. O Petronotícias ouviu ainda o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Sousa, que disse que a frente parlamentar surge em um momento de forte expectativa de ampliação das atividades nucleares no país. Por isso, ele afirma que a agência precisa ser fortalecida, de modo a ganhar uma estrutura compatível para fazer frente aos novos desafios que surgirão no futuro.

Quais serão as primeiras iniciativas da Frente Parlamentar Nuclear?

Júlio Lopes Primeiramente, vamos promover debates, simpósios, seminários e outros eventos pertinentes ao exame da política nacional para fomentar o desenvolvimento da Tecnologia e Atividades Nucleares no Brasil e vamos promover intercâmbio com instituições semelhantes e parlamentos de outros países, visando o aperfeiçoamento recíproco das respectivas políticas do setor.

E qual será o objetivo geral da frente?

Julio Lopes Queremos estimular a ampliação de políticas públicas para o Desenvolvimento da Tecnologia e Atividades Nucleares, consolidando a participação política das empresas da cadeia produtiva de base nuclear de bens de capital, de construção e montagem, do segmento de consultoria e engenharia, de operação de usinas e de unidades fabris de sistemas e equipamentos, que participam das atividades nucleares no Brasil.

Quais serão os ganhos para o setor nuclear com a inauguração dessa frente parlamentar?

congresso-abrCelso Cunha Com a Frente Parlamentar Nuclear, a tecnologia nuclear deverá ter mais espaço para debates em Brasília. O registro e atividade desta Frente será fundamental para o desenvolvimento do país. Com a resolução, haverá um planejamento permanente e facilitará que a população acompanhe e entenda a importância estratégica da área nuclear no Brasil. 

Ao seu ver, quais os principais temas deveriam ser priorizados neste momento?

Celso Cunha – A ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento de atividades do setor nuclear é importante para diversas esferas da população. Precisamos destravar e massificar no Brasil a tecnologia nuclear na irradiação nos alimentos, na área nuclear médica e no campo cirúrgico. Além, claro, do andamento das obras de Angra 3 que vão levar o país para outro patamar. É preciso expandir o uso da energia nuclear em todas as áreas. Outra necessidade urgente é a construção de reatores nucleares de pequeno porte no Rio de Janeiro.

Além da geração de energia, medicina nuclear e irradiação de alimentos, a nova frente parlamentar poderá contribuir de que forma com o segmento de mineração de urânio?

mauro-sousaMauro Sousa (foto à esquerda) – A Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares surge em um momento de forte expectativa de ampliação das atividades nucleares no país, com a sanção da Lei 14.515/2022, que permite à iniciativa privada participar desse mercado. Além disso, a Agência Nacional de Mineração passa a ser legalmente responsável por gerenciar, controlar e fiscalizar a lavra de minérios nucleares. E isso implica na necessidade de fortalecer a estrutura da ANM para atender o crescimento desse segmento e da atividade mineral como um todo, que representa 4% do PIB brasileiro.

Última agência reguladora a ser criada, a ANM precisa de uma estrutura compatível com a necessidade desse setor estratégico para a economia do país e para a transição energética. É preciso recompor o quadro técnico da autarquia e nivelar salários dos servidores da ANM com os das demais agências reguladoras.

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Márcio
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Márcio

Interessantíssimo para o Brasil promover discussões visando o desenvolvimento de tecnologias nucleares no país. Temos muito a ganhar com esse tipo de iniciativa. Parabéns aos envolvidos!

Gilmar. Pereira
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Gilmar. Pereira

Precisamos de um Brasil forte .uma forcas armadascom armamentos nucleares .nao para atacarmos nenhum pais .mas sim para nao coreermis o risco de sermos atacafo e virarmis um Iraque ou uma libia
Pais bem armado .Pais respeitado
Pra frente Brasil

Davidson Dantas
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Davidson Dantas

Vamos deixar de mi mi mi. Temos que fazer é submarinos nucleares, porta aviões e bomba com lançadores. Igual Coreia do Norte. E ponto final.

Rodrigo
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Rodrigo

Ótimo, mas o Brasi também precisa de armas nucleares. Com soberania não se brinca, e hoje o Brasil é o único país do mundo desse tamanho e com essa população que ainda não tem.