FUNCIONÁRIOS DA NORTE ENERGIA SÃO LIBERADOS POR ÍNDIOS DE BELO MONTE
Depois de alguns poucos dias de apreensão, os três técnicos envolvidos na construção da usina de Belo Monte foram libertados pelos índios que os faziam de reféns desde o dia 23. O Consórcio Norte Energia informou que o primeiro deles, funcionário da própria empresa, foi liberado ontem, enquanto os outros dois, contratados de duas prestadoras de serviços, foram recebidos hoje (27) em Altamira, no Pará.
Os técnicos tinham ido à aldeia Muratu para explicar aos índios como funcionaria o Sistema de Transposição de Embarcações, que começará a ser construído nos próximos meses e tem o início da operação previsto para novembro.
“De maneira surpreendente, esses três funcionários foram impedidos de deixar a aldeia. Os índios solicitaram uma resposta às demandas apresentadas na reunião do dia 10 de julho deste ano. Ou seja, há pouco mais de duas semanas”, afirmou a empresa em nota.
A reunião do dia 10, em que também esteve presente o presidente do consórcio, Carlos Nascimento (foto), foi responsável pela desocupação do canteiro de obras da usina, onde cerca de 200 índios acamparam por 21 dias. Nela havia ficado acordado que a empresa iria providenciar os pedidos dos indígenas e fariam outras reuniões futuras.
A empresa afirmou que “repudia esse sequestro porque todos os acordos serão cumpridos, conforme o que ficou combinado na última reunião do dia 10 de julho. A população indígena da região de influência da hidrelétrica está sendo atendida por meio de ações pontuais e pelo Projeto Básico Ambiental (PBA) do componente indígena”, afirmou a companhia em comunicado.
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