FUNCIONÁRIOS DA PETROBRÁS ORGANIZAM PROTESTO CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS REFINARIAS DA COMPANHIA
Daqui a pouco, às 12:30 h, começa o protesto de funcionários da Petrobrás contra a decisão de privatizar as refinarias da companhia, anunciadas pelo plano de privatização da empresa. O protesto está marcado para a frente do Prédio do EDISE, no Edifício Senado, no centro do Rio de Janeiro. O movimento está sendo organizado e tem o apoio da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobrás. Seu presidente, Felipe Coutinho, disse que “ Os Petroleiros unidos e organizados são mais fortes para defender a Petrobrás e suas refinarias. O petróleo e a Petrobrás são do Brasil e devem servir a maioria dos brasileiros.” Os engenheiros da Petrobrás consideram que as vendas das refinarias reproduz “ o ciclo de entregar patrimônio público, acumulado ao longo de anos de investimentos, necessários para o desenvolvimento e criação de infraestrutura no país, a grandes grupos privados nacionais e internacionais”.
No dia 27 de abril a Petrobrás anunciou que estava pondo a venda sua participação em refino e logística no país. O modelo prevê a criação de duas subsidiárias, uma reunindo ativos da região Nordeste e a outra reunindo ativos da região Sul. A Petrobrás pretende vender 60% de sua participação acionária em cada uma dessas novas sociedades. A subsidiária do Nordeste compreenderá as refinarias Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, bem como os ativos de logística (dutos e terminais) operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias: 2 terminais aquaviários (Madre de Deus e Suape) e 3 terminais terrestres (Candeias, Itabuna e Jequié), 2 dutos de suprimento de petróleo, 1 poliduto e 35 dutos de derivados interligando as refinarias às bases e terminais de distribuição.
A subsidiária do Sul compreenderá as refinarias Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), no Paraná, bem como os ativos de logística (dutos e terminais) operados pela Transpetro e integrados a essas refinarias: 4 terminais aquaviários (Paranaguá, São Francisco do Sul, Tramandaí, Niterói) e 3 terminais terrestres (Guaramirim, Itajaí e Biguaçu), 2 dutos de suprimento de petróleo, 2 polidutos e 4 dutos de derivados interligando as refinarias às bases e terminais de distribuição. A companhia justifica as vendas e a formação de parcerias dizendo que fazem parte do reposicionamento estratégico da Petrobrás nos segmentos de refino, transporte e logística em linha com o seu Plano Estratégico e Plano de Negócios e Gestão, que prevê o estabelecimento de parcerias e desinvestimentos como uma das principais iniciativas para mitigação de riscos, agregação de valor, compartilhamento de conhecimentos, fortalecimento da governança corporativa da empresa.
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