FUNCIONÁRIOS DA PRODUMAN FAZEM MANIFESTAÇÃO NA REDUC

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

Funcionários da empresa Produman, terceirizada pela Petrobrás para fazer a manutenção da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), realizam uma manifestação nas proximidades da unidade, onde chegaram a fechar a Rodovia Washington Luís (BR-040), por um breve período de tempo na parte da manhã desta terça-feira (13).

Os manifestantes reclamam que a empresa não pagou os salários nos dois últimos meses, além de ter demitido trabalhadores sem pagar a rescisão dos contratos. O presidente do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, Simão Zanardi Filho, afirma que a Produman tinha cerca de 1,2 mil funcionários atuando apenas na Reduc, mas largou o contrato da Petrobrás no meio e não está atendendo às reivindicações dos trabalhadores.

“Como ocorre em muitas terceirizadas, ela não pagou corretamente o Fundo de Garantia e a Previdência, nem fez as homologações de modo correto, o que gera muitas ações judiciais e acaba bloqueando as faturas que a empresa tem a receber”, contou.

De acordo com Zanardi, a Produman é a responsável pelas paradas para manutenção da refinaria e atualmente estava no meio de uma parada na unidade de lubrificantes, mas deixou o contrato por falta de capacidade de execução.

No mercado, a informação que corre entre executivos do setor é que a empresa está à beira de quebrar. O Petronotícias tentou entrar em contato com a direção da empresa, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

“Ainda não quebrou. Mas quando uma empresa começa a abandonar contrato, é sinal que a administração não vai bem”, afirmou o presidente do Sindipetro Caxias, ressaltando que a falta de pagamento está afetando muito os operários: “a situação é muito difícil. A maioria deles vêm de outros estados, então estão sem condições de comprar comida, pagar aluguel, e também não têm família aqui para pedir ajuda”.

A reportagem entrou em contato com a Petrobrás para saber quais contratos estão pendentes com a Produman e o que deverá ser feito em relação ao caso, mas a estatal preferiu não comentar o assunto.