FUP DEBATERÁ TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DURANTE A COP-27

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) quer ampliar sua presença nas discussões internacionais sobre mudanças climáticas. Por isso, a entidade sindical participará pela primeira vez da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, que neste ano acontece no Egito. “É fundamental a participação dos trabalhadores petroleiros para que possam influenciar no tema, façam parte dessa transição e que ela seja sustentável, inclusiva e para todos. Não podemos ficar de fora desse debate”, afirmou o diretor de Relações Internacionais da FUP, Gerson Castellano (foto). 

Junto com o economista Cloviomar Cararine, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), Castellano participará do painel Transição Energética Justa, na próxima quarta-feira, 16. Ele apresenta o tema sob o viés dos trabalhadores e da sociedade, além de discutir as perspectivas da transição do petróleo no país e os caminhos legislativos e políticos necessários para que ela aconteça.

A FUP sustenta que a Petrobrás deveria voltar a investir em pesquisas e que caminhe na direção de uma transição energética justa. “Hoje temos no Brasil grande parte de pessoas que não tem acesso à energia elétrica, gás para cozinhar seus alimentos e água tratada. Queremos uma Petrobrás voltada para a sociedade, de forma ampla e responsável. Já indicamos isso em documentos enviados para a equipe de transição do governo federal”, observou Castellano.

Uma das propostas da FUP ao futuro governo no setor da transição energética é a revitalização do programa de biocombustíveis da Petrobrás, com a preservação da PBio (Petrobras Biocombustíveis) e a retomada de suas plantas de produção de biocombustíveis. Além disso, outra proposta é o retorno da atividade da Petrobrás na geração de energia por meio de usinas eólicas e solares, assim como o investimento em pesquisas para o desenvolvimento do hidrogênio verde.

Por fim, a FUP diz que a produção de energia elétrica por meio de termelétricas a gás natural será uma necessidade do país nos próximos anos, inclusive como preparação para uma transição energética efetiva, com o fechamento das termelétricas movidas a carvão e óleo diesel. A perspectiva de barateamento do gás natural no curto/médio prazo amplia essa oportunidade.