FUP INDICA TÉRMINO DA GREVE NA PETROBRÁS, MAS SINDICATO SE OPÕE E MANTÉM PARALISAÇÕES

A greve na Petrobrás toma novos contornos e pode estar mais próxima de um fim. Nesta sexta-feira (13), o Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou aos sindicatos a suspensão do movimento, após a estatal ter formalizado as propostas firmadas nesta semana. Segundo a entidade, as pautas de greve foram vitoriosas e garantiram a manutenção dos direitos da categoria. Os sindicatos que integram a federação deverão se reunir até o início da próxima semana para acatar ou não ao indicativo, mas as divergências já estão postas. Após assembleia realizada hoje, o Sindipetro do Espírito Santo optou por rejeitar a decisão do conselho e dará continuidade à greve.

A aceitação das propostas por parte da diretoria da FUP não agradou parte dos petroleiros que compõem o movimento. Segundo o coordenador-geral do Sindipetro-ES, Paulo Rony (foto), a categoria rejeitou o indicativo devido à cláusula que prevê a compensação dos trabalhadores pelos dias paralisados. A exigência dos funcionários era de que metade dos dias fosse abonada, enquanto a outra metade seria compensada. O documento formalizado pela empresa, no entanto, não corresponde à demanda dos trabalhadores, afirma Rony.

Os demais sindicatos da FUP deverão se reunir ao longo dos próximos dias para votar uma posição frente à postura do conselho. O Sindipetro-NF, uma das entidades de maior força no grupo, fará assembleia neste sábado (14) para decidir se segue ou não a orientação.

Para a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), as propostas da companhia não abrangem todas as demandas dos trabalhadores e, portanto, as paralisações também continuam. A entidade discorda do reajuste proposto pela diretoria e fará assembleias até o próximo dia 18 para reforçar a postura da base do movimento.