FUP CONTESTA NA JUSTIÇA AS CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS DURANTE A GREVE DOS PETROLEIROS
A greve dos petroleiros promete ainda muitos capítulos e o mais recente aconteceu nesta segunda-feira (10). A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos protocolaram um agravo interno junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os trabalhadores querem que o ministro Ives Gandra reavalie a autorização dada à Petrobrás para contratação temporária de pessoal.
Segundo a FUP, a contratação temporária proposta não se enquadra no que está determinado na chamada Lei de Greve (7.783/89), que estabelece condições para convocação de força de trabalho em casos de paralisação. De acordo com a lei, a empresa pode contratar operários para impedir a deterioração de bens, máquinas e equipamentos. Mas o sindicato diz que essa possibilidade não existe “haja vista que há equipes de empregados assegurando o atendimento das necessidades essenciais da população, em todas as unidades”.
A federação dos petroleiros alerta também que existem riscos na contração de “profissionais inexperientes e sem nenhum preparo técnico para trabalhar nas refinarias, terminais, plataformas e outras unidades”.
Enquanto isso, a Petrobrás rebate, lembrando que o TST de ordenou um contingente mínimo de 90% do efetivo que, segundo a estatal, não está sendo cumprido. “As contratações serão feitas garantindo que os profissionais atendam a requisitos de qualificação técnica e possuam as certificações necessárias para exercício das atividades”, afirmou a empresa. Segundo o último balanço da FUP, mais de 20 mil trabalhadores do Sistema Petrobrás aderiram ao movimento, que atinge 92 unidades em 13 estados.

publicada em 10 de fevereiro de 2020 às 17:00 




