GABRIELLI DIZ QUE PASADENA VOLTOU A SER UM BOM NEGÓCIO E ISENTA PRESIDENTE DILMA PELA COMPRA DA REFINARIA
Quem assistiu ao primeiro depoimento do ex-presidente da Petrobrás Sergio Gabrielli, na manhã desta terça-feira (20), no Senado, não sabe se a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, foi ou não foi acertada. O ex-presidente da estatal voltou a defender a aquisição da refinaria, mas admitiu que o empreendimento passou por momentos ruins, antes de voltar a ser um bom negócio. Também no Senado, no mês passado, a atual presidente da empresa, Graça Foster, foi taxativa: “A compra era um bom negócio, mas, pelos números de hoje, eu não posso dizer que foi”.
No início de seu depoimento à Câmara na CPI da Petrobrás, Gabrielli disse que a aquisição de Pasadena voltou a ser positiva, pois a refinaria tem a capacidade de processar 100 mil barris diariamente e recentemente conquistou dois importantes prêmios de qualidade em suas operações. Ele explicou que os momentos ruins da refinaria foram vividos durante a crise econômica mundial e a mudança do mercado de petróleo, com a descoberta do gás de xisto em território americano.
Gabrielli disse também que a presidente Dilma Rousseff não pode ser responsabilizada individualmente pela compra da refinaria em Pasadena, aprovada pelo conselho de administração em 2006, quando a então ministra Dilma era a presidente do grupo de conselheiros.
“Não considero a presidente Dilma responsável pela compra de Pasadena. A decisão é da diretoria e do conselho de administração da Petrobrás. É um processo que não é individualizado, é coletivo”,
Gabrielli classificou Dilma como uma pessoa muito firme e extremamente competente, mas afirmou que não poderia dizer se a então ministra da Casa Civil concordaria com a posição atual da presidente da República, de que não aprovaria hoje a compra da refinaria.
O ex-presidente da Petrobrás aproveitou a oportunidade para falar da oposição, que não esteve presente no depoimento. Segundo ele, as criticas à companhia são feitas com fins políticos. “A Petrobrás tem 21 bilhões de reserva de barris. Uma empresa com esse potencial não pode ser considerada em crise. Não pode ser considerada mal gerida nem à beira da falência. Isso é campanha de oposição. “
Gabrielli foi o primeiro a depor na CPI da Petrobras, no Senado. O próximo convocado a depor é o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, na quinta-feira (22). No dia 27 de maio, será a vez de Graça Foster.
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