GALP E ANADARKO FECHAM ACORDO PARA PARTILHAR RESERVAS DE GÁS NATURAL EM MOÇAMBIQUE

O setor de óleo e gás em Moçambique vem atraindo investidores internacionais e se firma hoje como um mercado disputado no cenário global. Atuantes no país, o consórcio Galp e a empresa norte-americana Anadarko fecharam acordo nesta semana para partilha das reservas de gás natural localizadas nas zonas de fronteiras entre suas concessões, localizadas nas Áreas 4 e 1 de produção. O objetivo do contrato é evitar disputas e definir a fatia de cada companhia na exploração da costa moçambicana, que possui um acúmulo descoberto de 180 bilhões de pés cúbicos em águas profundas.

A Área 4 tem um prospecto de 85 bilhões de pés cúbicos e vem colaborando para a consolidação do país entre os maiores produtores do mundo. Liderado pela italiana ENI, o consórcio da portuguesa Galp detém 10% de participação no campo.

Com o novo acordo, as companhias deverão constituir um joint-venture de partes iguais para realizar a extração conjunta de gás natural. Os campos localizados nas zonas de fronteira são o de Mamba, na Área 4, e Prosperidade, na Área 1.

A ENI, liderada por seu CEO Claudio Descalzi (foto), vem ampliando investimentos na região e busca novos projetos de atuação. A companhia deverá participar da construção de um FPSO para processamento do gás extraído na bacia do Rovuma, em empreendimento estimado em € 5 milhões.