GÁS NATURAL MANTÉM PREÇOS COMPETITIVOS FRENTE À ENERGIA ELÉTRICA EM FEVEREIRO

A indústria brasileira de óleo e gás enfrenta hoje uma de suas mais graves crises, mas o cenário é de otimismo para o mercado de gás natural. Segundo um novo levantamento da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras (Abegás) relativo ao mês de fevereiro, o insumo se mantém mais atrativo do que a energia elétrica em todos as regiões do país, tantos nos segmentos residencial e comercial quanto no industrial. As diferenças de preços chegam a 57,5%, quadro registrado para clientes de alto consumo na região Centro-Oeste.

Além disso, o gás natural se fez mais vantajoso que o óleo combustível (OC A1) na indústria, em todas as regiões, para consumos superiores a 50 mil m³ por mês. Para demandas em larga escala, de 1 milhão de m³ por mês, a redução de custos chegou a 46,3% no Centro Oeste. No Sudeste, o valor chegou a cair 27,4%.

“Além de ser uma fonte de energia versátil e limpa, o gás natural está cada vez mais competitivo, o que faz dele um insumo estratégico para a retomada do crescimento da economia”, afirma em nota o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon. “Por isso, o Brasil precisa estabelecer políticas que fortaleçam o mercado de gás natural, ampliando a oferta desse energético e estimulando novos investimentos.”

Frente à energia elétrica, os clientes de alto consumo na região Centro-Oeste chegaram a pagar 57,5% menos com a utilização de gás natural. Para consumidores de baixa demanda, a queda chegou a 7,5% no Sudeste. No Nordeste, por sua vez, o preço do gás é 73,1% inferior à energia elétrica na classe de consumo de 50 mil m³ mensais.

O mês de fevereiro, no entanto, não foi apenas de otimismo para o setor. Com base em dados de concessionárias brasileiras, a Abegás divulgou recentemente um relatório que apontava para uma queda de 18% no consumo de gás no período. O volume demandado, de 61,7 milhões de m³, representa redução de 1,3 frente ao mês de janeiro.