GENERAL JOÃO FRANCISCO SUBSTITUI SILVA E LUNA NA ITAIPU BINACIONAL, QUE JÁ ESTÁ PRONTO PARA ASSUMIR A PETROBRÁS
Tomou posse na tarde de hoje (7) o novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general João Francisco Ferreira, que terá mandato até 16 de maio de 2022. Ele substitui o general Joaquim Silva e Luna, que ficou dois anos e um mês no comando da usina e vai assumir a presidência da Petrobrás, a maior estatal brasileira, substituindo o demitido Roberto Castello Branco. O presidente Jair Bolsonaro e o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participaram da cerimônia de posse. A solenidade de transmissão do cargo foi no Cineteatro dos Barrageiros, dentro da usina. O local leva esse nome em homenagem aos milhares de operários que trabalharam na obra.
Em discurso de despedida do cargo o general Joaquim Silva e Luna fez um rápido balanço de sua gestão e contou que a economia de recursos com as ações de austeridade adotadas foi “devolvida aos consumidores brasileiros” na forma de “legados inquestionáveis.” Como não houve consenso binacional para reduzir a tarifa de Itaipu, explicou, a empresa alinhou ações com os governos federal, estadual e municipais, para investir em obras de infraestrutura, saneamento e segurança pública. Silva e Luna explicou que a prioridade em sua gestão foi cortar custos e gastos para preparar a margem brasileira para 2023, quando a usina estará sem dívidas e poderá praticar tarifas sem esse ônus. Até lá, o agora ex-diretor-geral brasileiro entendeu que é preciso continuar com uma política de austeridade, para que a usina esteja “preparada para atuar, em diferentes cenários, dentro de um mercado de energia elétrica complexo, dinâmico e competitivo”.
A política de austeridade deixou Itaipu com mais recursos, o que permitiria baixar a tarifa de comercialização no mercado brasileiro de eletricidade, mas, para isso, seria preciso um consenso binacional. Como isso não foi possível, Silva e Luna atendeu à orientação do presidente e estabeleceu o financiamento de uma série de obras fundamentais para o desenvolvimento regional, todas antigos sonhos da comunidade de fronteira e do Oeste do Paraná, como a ampliação da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, inaugurada nesta quarta-feira (7) pelo presidente Bolsonaro; as obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a Perimetral Leste, o Mercado Municipal de Foz, os contornos de Guaíra e de Cascavel e a conclusão da Estrada da Boiadeira, no Noroeste do Estado, para citar algumas das mais importantes.
O General João Francisco Ferreira, que assumiu hoje, é o 13º diretor-geral brasileiro da binacional e o quarto militar a comandar a hidrelétrica. General-de-Exército, é da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul e incorporou ao Exército em 1966, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). É bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras, onde se formou como oficial de Infantaria no ano de 1972. No início de sua carreira, serviu no 7º Batalhão de Infantaria Blindado, em sua terra natal, e no 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro. O general Ferreira é paraquedista militar, mestre de salto paraquedista e possui o curso de salto livre paraquedista. Em 1978, formou- se em Educação Física na Escola de Educação Física do Exército, sediada no Rio de Janeiro.
Nos anos de 1988 e 1989, cursou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro. Três anos depois, serviu como instrutor na Academia Militar das Agulhas Negras. Em 1995, assumiu o Comando do 8º Batalhão de Infantaria Motorizado, onde foi promovido a coronel. Em janeiro de 1998, foi nomeado oficial do Gabinete do ministro do Exército e, em junho de 1999, adido militar na Embaixada do Brasil no México. Após seu retorno ao país, em 2002, foi promovido a general-de-brigada. No período de 2004 a 2005, comandou a Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro. Foi promovido a general-de-divisão em 2006 e designado vice-chefe do Estado-Maior de Defesa do Ministério da Defesa. De abril de 2008 a janeiro de 2011, comandou a 6ª Região Militar, em Salvador (BA).
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