GERAÇÃO DE ENERGIA EM ESCALA RESIDENCIAL A UM PASSO DE SE CONCRETIZAR
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formataram a regulamentação que vai permitir a transformação de cada residência do país em uma microusina de energia elétrica. Com o novo modelo, além de diminuir a necessidade de energia no país, os geradores residenciais poderão contribuir com o sistema integrado nacional. Na semana que vem a proposta final do projeto será apresentada à diretoria da Aneel.
A regulamentação permite a instalação de painéis solares e mini-torres eólicas em residências para geração complementar de energia elétrica, sendo os painéis solares o alvo principal da medida. Com as mudanças estabelecidas, o medidor na casa de cada cidadão passará a contabilizar a potência gerada por essa microusina, além do consumo da energia fornecido pela distribuidora. Ao fim do mês, o volume gerado pelos equipamentos do consumidor servirá para desconto na conta de luz e, havendo excedente, o consumidor terá uma espécie de crédito nas suas próximas contas.
O Ministério de Minas e Energia vê a microgeração, já utilizada em países europeus como Alemanha, Espanha e Portugal, como grande aposta para a evolução da energia solar no país. A dificuldade de adesão do consumidor brasileiro dá-se, principalmente, por conta dos altos custos de instalação que chegam a cerca de R$ 15 mil para um painel solar de 1 quilowatt, energia suficiente para abater custos diários como televisão, geladeira e iluminação. Para facilitar e estimular o acesso do consumidor a esse equipamento, o governo deve criar linhas de financiamento específicas.
A energia solar, que ainda não foi inserida na matriz energética do país, é incipiente e cara no Brasil, possuindo apenas uma usina de operação comercial, a MPX Tauá, localizada no Ceará. Porém, pelo grande potencial energético do país, prevê-se que a médio ou longo prazo a energia solar terá o mesmo destino da eólica, que chegou a ser vendida por R$ 100 o MW em 2011.
Recentemente o secretário de Estado da Casa Civil do Rio, Regis Fichtner, anunciou que o Maracanã terá um grande anel fotovoltaico para geração de energia solar. O empreendimento deverá ter R$ 10 milhões de investimentos da Light e vai ter capacidade para abastecer o equivalente a 240 residências.
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