GERALDO ALCKMIN E ALOIZIO MERCADANTE PARTICIPAM DE EVENTO NO RIO E REBATEM AS CRÍTICAS AO PLANO INDUSTRIAL DO GOVERNO
O governo federal está fazendo um esforço para melhorar a imagem arranhada por grande parte do mercado do seu Plano para Política Industrial, que foi lançado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin há alguns poucos dias, em Brasília, com grande pompa. O mercado, em sua grande maioria, viu a repetição de velhos temas que já haviam sido propostas pelos governos anteriores do PT, mas que não tiveram sequência. Hoje, Alckmin e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, participaram da abertura do Negócios B20, na sede da FIRJAN, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, tratando de temas geopolíticos. O B20 é um fórum que reúne representantes de empresas do G20, grupo diplomático formado pelos 20 países mais ricos do mundo. Com o Brasil na presidência rotativa desse grupo, ele sedia este encontro.
Geraldo Alckmin disse que o BNDES será importante na agenda de competitividade e de crédito e que o programa anunciado semana passada trará mais gastos com subsídios para a indústria. “Haverá juros subsidiados numa parcela pequena de linhas de financiamento. A TR, taxa que reajusta a poupança, abaixo das de mercado, por exemplo, irá apenas para inovação tecnológica”, declarou.
Mercadante destacou que o cenário geopolítico atual tem impulsionado políticas industriais e protecionistas nos países ricos e industrializados, o que impõe aos países do sul a fazer o mesmo. Segundo Mercadante, “o Brasil fará isso com poucos subsídios, comparado com os países desenvolvidos.” Ele disse ainda que quase 50% das políticas industriais no mundo atualmente estão voltadas e aplicadas pelos Estados Unidos, a União Europeia e a China: “Não temos a mesma capacidade de fazer subsídios ou crédito subsidiado que os países ricos têm.” O presidente do BNDES teve reunião com uma multinacional que pretende construir plantas para fabricar “fertilizantes verdes” no Brasil e nos Estados Unidos e os executivos da empresa revelaram o nível de subsídios oferecidos.
Como Alckmin, ele defendeu o plano industrial e rebateu as críticas ao programa. Disse que 65% do pacote de R$ 300 bilhões, até 2026, terão juros de mercado e ressaltou que outros setores, como a agropecuária, têm mais subsídios do que a indústria, dizendo que o Plano Safra é de R$ 360 bilhões apenas neste ano, valores superiores ao do programa para a indústria. E ressaltou que boa parte dos recursos já estão previstos no Orçamento.
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