GERMEK VÊ CHANCE DE AMPLIAR OFERTA DE MOTOBOMBAS CONTRA INCÊNDIO EM ÓLEO&GÁS | Petronotícias




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GERMEK VÊ CHANCE DE AMPLIAR OFERTA DE MOTOBOMBAS CONTRA INCÊNDIO EM ÓLEO&GÁS

Por Rafael Godinho / Petronotícias

Na indústria de óleo e gás, o que não faltam são substâncias inflamáveis. Todo cuidado é pouco, mas basta um descuido para que o pior aconteça. A Germek, empresa familiar gerida por dois irmãos, atua neste filão e fornece equipamentos de combate a incêndio para refinarias, fábricas e plataformas de petróleo, entre outros. O diretor comercial da Germek Equipamentos, Marcos Orlando Germek, contou que a empresa completa 30 anos em 2012 e deseja ampliar a participação em óleo e gás.

Como começou a Germek?

Quem fundou a empresa, na verdade, foi o meu pai, que é falecido. Nossa empresa começou em 82, no ramo de irrigação. Estamos no interior de São Paulo, região agrícola; mas, com o passar do tempo, o próprio mercado foi nos arrastando para a produção de motobombas. Hoje somos especializados em motobombas de incêndio, agrícolas e industriais. Fazemos a motorização para empresas de hidrojatos e montamos grupos geradores. Hoje montamos em torno de 450 conjuntos nessa área de motobombas, sem contar os grupos geradores.

O que são motobombas?

Basicamente, é um motor que gera uma força e uma bomba que consome essa força. O que nós temos são motobombas para incêndio. Esse equipamento é usado em indústrias,  shoppings, plataformas de petróleo e etc. O sistema é regido por normas rígidas de construção e operação do equipamento. Normas internacionais. Este aqui (foto), por exemplo, está dentro de uma norma chamada ULFM, em que ele é todo certificado. Muitas seguradoras exigem que determinado equipamento esteja dentro da norma ULFM, que controla a fabricação e a produção desse equipamento, para que ele atue exatamente como e para aquilo que foi projetado.

Como funciona a motobomba?

A motobomba tira água, vamos supor, de uma caixa d’água específica, que deve  ter o volume necessário para que o equipamento funcione durante uma, duas, oito horas, dependendo de onde ele será aplicado. Num shopping, seria uma ou duas horas. Mas, se é numa plataforma, por exemplo, não tem o bombeiro que vai chegar rapidamente, então deve haver várias horas de autonomia do conjunto.

Como ele atua numa situação de incêndio?

O sistema tem uma bomba pequena chamada bomba jockey, que mantém o sistema todo pressurizado. Vamos imaginar então que começou o incêndio numa loja. O bombeiro, que trabalha dentro do shopping, formado pela brigada, sabe o que fazer. Primeiramente, ele telefona para o corpo de bombeiros. Em seguida, veste a roupa adequada, se prepara conforme o procedimento, desenrola a mangueira e o companheiro dele abre o registro. Quando isso é feito, a pressão do sistema cai: a bomba jockey não consegue manter, porque é de pouca vazão. Então, automaticamente é acionada uma bomba elétrica e começa-se a combater o fogo.

Quais as vantagens desse sistema?

Quando o bombeiro chega, ele desliga a energia elétrica. Assim, o equipamento entra em funcionamento a diesel. Enquanto isso, o bombeiro pode se preparar, ligar os caminhões. Com essa norma, praticamente o fogo se extingue antes que o bombeiro se prepare completamente. Quando o fogo ganha grandes proporções, muitas vezes é porque algum procedimento falhou, ou o operador faleceu no acidente, ou quando há explosões, e aí todo mundo corre, ninguém fica. Mas temos um sistema todo automático, de partida.

Qual é o papel da empresa no setor de óleo e gás?

São vários anos atendendo às plataformas e bases da Petrobrás. Por exemplo, a gente atende à Reman (Refinaria de Manaus).  A Reduc  (Refinaria de Duque de Caxias) também tem um sistema nosso. São várias unidades. Na Transpetro, há muita coisa que a gente oferece. Trabalhamos também com alocação de sistemas.

Qual a porcentagem do setor de óleo e gás no faturamento de vocês?

Ainda é pouco. Cerca de 10%.

Daqui pra frente, qual a expectativa para o setor de óleo&gás?

Ampliar a participação, sem dúvida. Está faltando muito trabalho nosso aí. Temos ainda muita coisa a fazer dentro da área técnica e comercial. Sem dúvida, é interesse nosso aumentar essa participação.

Quais são os principais clientes da Germek?

Temos a Sadia, dentro da área alimentícia. Temos a Dreyfous (setor agrícola). Vários shoppings. No Rio, temos várias empresas clientes. Por exemplo, a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), tem um equipamento nosso. Alguns prédios, como o Ventura Tower, têm equipamento nosso. O Ventura Tower inclusive fechou contrato de manutenção anual também.

Quantos funcionários tem a Germek?

São 90 funcionários, todos brasileiros.

Vocês têm facilidade para encontrar funcionários?

(Risos) Não; é muito difícil. A gente treina os próprios funcionários. Mas a gente acaba de treinar a pessoa, vem outra empresa e captura. Então, há bastante dificuldade. Porque o nosso funcionário deve ser altamente técnico. Por isso, nosso trabalho é contínuo: a gente investe muito nessa área de treinamento, seja nível técnico, seja superior. Há muito engenheiro.

A Germek tem parceria com alguma empresa?

Temos parcerias com várias empresas, e somos representantes de várias companhias. Sobre esse conjunto ULFM, tenho parceria com a Patterson, que é uma fabricante americana de bombas. A empresa fabrica, a gente compra e revende aqui. Quando o cliente pede um conjunto de incêndio dentro da norma ULFM, eu sempre uso Patterson. Trabalho com vários fabricantes de motores, como a Scania, Volvo, MWM.

Quais as novas metas da Germek?

A gente tem trabalhado para ampliar nosso leque de serviços, em relação a instalações e assistência técnica. O departamento de locação também tem crescimento muito, bem como a parte de grupos geradores.

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