GIGANTE CHINESA BUSCA PARCEIROS NO MERCADO BRASILEIRO DE DUTOS

Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) – 

A China Petroleum Technology & Development Corporation (CPTDC), subsidiária da gigante China National Petroleum Corporation (CNPC), está buscando parceiros para ampliar sua atuação no mercado brasileiro. A empresa pretende fornecer dutos para diversas finalidades e já tem um escritório no Rio de Janeiro há dois anos, mas ainda não conseguiu ganhar espaço no país.

Criada em 1987, a CPTDC se consolidou como fornecedora de equipamentos e materiais para as atividades de exploração e produção da CNPC. Desde 1992 passou a exportadora também para os projetos da gigante chinesa fora de seu território e atualmente tem 67 escritórios espalhados por 51 países, com atuação em 78, ao todo.

A empresa é a maior fornecedora de tubos da China, mas tem um vasto leque de produtos e equipamentos em seu portfólio, incluindo desde sondas de perfuração até sistemas para levantamento de dados sísmicos,  com um faturamento anual de cerca de US$ 5 bilhões.

O gerente geral de dutos da CPTDC, Tengyue Liu, contou que o interesse principal da empresa é vender seus produtos no Brasil, aproveitando-se da grande expansão por que passa o mercado de óleo e gás nacional, mas não descarta uma parceria que inclua a fabricação de dutos no país.

O executivo conta que já pensaram em formar uma joint venture com alguma empresa nacional para fabricar produtos em parceria no Brasil, mas ainda não encontraram uma companhia que se adequasse ao perfil buscado.

“Se encontrarmos uma apropriada, vamos formar [a parceria].”, disse

Para ele, a empresa que venha a se aliar à CPTDC em uma joint venture com foco no Brasil deverá ter um nome forte no mercado, com atuação no segmento de dutos e que já tenha alguma atividade de fabricação no país.

O gerente de vendas da CPTDC, Yang Fan (foto), contou também que muitos chineses estavam previstos para vir trabalhar no país nas instalações da empresa, mas que têm tido dificuldade para conseguir o visto de trabalho.

Atualmente, além de abrirem a porta para uma possível joint venture, Fan contou que estão em busca de representantes para seus produtos no segmento de dutos nacional. Para eles, o mercado brasileiro é muito especial, com características próprias e algumas barreiras de entrada para seus produtos.

A estratégia da empresa para conseguir entrar no setor tem sido investir em grandes estandes em feiras e eventos de petróleo e gás, como fizeram na Brasil Offshore e na Rio Pipeline este ano.

“É um mercado muito promissor, mas também muito difícil”, completou Tengyue Liu.