GOVERNO APROVA A POLÍTICA NACIONAL DE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E DIZ QUE TEM POTENCIAL PARA ATRAIR R$ 2 TRILHÕES DE INVESTIMENTOS
Uma manhã agitada em Brasília, com novidades importantes que mexem, e muito, com os mercado de óleo, gás natural e energia. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou hoje (26) a Política Nacional de Transição Energética (PNTE), em reunião liderada pelo presidente Lula e pelo presidente do Conselho, ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que fez a apresentação da política em um evento que contou com a presença de diversos representantes dos setores. Segundo o governo, o novo programa pode trazer R$ 2 trilhões em investimentos na chamada economia verde.
A política terá dois instrumentos centrais para sua implementação. O primeiro traz a participação da sociedade, com a criação do Fórum Nacional de Transição Energética (FONTE), onde serão ouvidos diversos atores públicos e privados para construção coletiva permanente sobre o tema. O FONTE será um espaço ativo de escuta e acolhimento de proposições dos membros para desenvolvimento de um projeto de transição energética justa e inclusiva.
O segundo instrumento será o Plano Nacional de Transição Energética (PLANTE), que será elaborado como um plano de ação, no âmbito da política energética, articulado com outras iniciativas governamentais, como o PAC, o Plano Clima, a Nova Indústria Brasil e o Pacto pela Transformação Ecológica. Para a elaboração do PLANTE, o Ministério de Minas e Energia já conta com apoio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Agência Internacional de Energia, do BNDES e da FGV.
“Vamos protagonizar, no mundo, a nova economia – a economia verde. São R$ 2 trilhões em investimentos, são 3 milhões de empregos para brasileiras e brasileiros. É energia eólica, solar, hídrica, biomassa, biodiesel, etanol, diesel verde, captura e estocagem de carbono, combustível sustentável de aviação, hidrogênio verde. É o renascimento da indústria do Brasil em bases sustentáveis. É agregação de valor ao produto brasileiro produzido com energia limpa e renovável, é oportunidade para impulsionar o uso do nosso conteúdo local”, disse Alexandre Silveira.
DIRETRIZES PARA A DESCARBONIZAÇÃO DA EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE ÓLEO E GÁS
O CNPE também aprovou na reunião desta segunda-feira uma resolução que define as diretrizes para a descarbonização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. A norma estabelece o fomento ao desenvolvimento tecnológico e busca ainda reduzir a queima de gás natural em plataformas. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Pré-Sal Petróleo (PPSA) ficarão responsáveis por promover a transparência dos indicadores de emissões de gases do efeito estufa dos projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural no país.
Além disso, ANP e PPSA, em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), devem submeter ao CNPE, em 180 dias, estudos contendo cenários de descarbonização e os impactos associados às medidas propostas.
NOVAS ESTRATÉGIAS PARA AUMENTAR PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS E AMPLIAR O PARQUE DE REFINO
Ainda dentro da linha de descarbonização e transição energética, a reunião do CNPE também deu o aval para uma resolução que atualiza as diretrizes estratégicas para o desenvolvimento do mercado de combustíveis, biocombustíveis e derivados de petróleo no Brasil. Nesse caso, as metas são o aumento da produção de biocombustíveis, a ampliação e modernização do parque de refino e a promoção da transição energética. A resolução prevê ainda o fortalecimento da capacidade de processamento nacional, que atualmente ainda depende da importação de derivados, sobretudo o diesel.
Por fim, o CNPE aprovou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para realizar estudos especializados sobre os mercados de combustíveis aquaviários, de aviação e de gás liquefeito de petróleo (GLP). Coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e composto por 17 instituições, o grupo estabelecerá diretrizes para a Política Energética Nacional. Ao final, um relatório será apresentado ao CNPE com propostas de políticas públicas para esses mercados. A resolução também enfatiza a importância de a ANP finalizar as ações regulatórias para os segmentos de combustíveis de aviação e GLP, iniciadas em 2019 e 2017, respectivamente. Além disso, a norma trata da venda direta de combustíveis de aviação pelos fornecedores primários aos operadores aéreos.
O raio não poderia cair no mesmo lugar:
O Governo pensa e já articula que parte desses trilhões de reais certamente será proveniente dos fundo de pensões das estatais. Mas, essa turma de corruptos terá que convencer os donos desse recurso trilionário no Brasil. Parece que o governo tem memória e já esqueceu de ter metido a mão nessa grana que pertence a aposentados e pensionistas das empresas estatais, em passado não tão remoto, naquele episódio que se convencionou chamar de Petrolão.