GOVERNO COMEMORA RESULTADO DO LEILÃO, MAS DIZ QUE O FOCO PASSARÁ A SER NA OFERTA PERMANENTE

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

bentoO ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que ficou muito satisfeito e feliz com os resultados da segunda rodada de excedentes da Cessão Onerosa, que foi realizada na manhã de hoje (17), no Rio de Janeiro. As duas áreas ofertadas foram arrematadas com ágio. No entanto, o ministro ressaltou que leilões nesse formato devem passar a perder espaço no futuro para a modalidade da Oferta Permanente.

Estamos caminhando para que cada vez menos tenhamos leilões como esse. Vamos nos concentrar em leilões da Oferta Permanente da ANP. Uma resolução recente do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) transferiu diversos blocos para a ANP sob o regime de partilha para que possam ser ofertados em um futuro próximo”, disse Albuquerque, em entrevista coletiva após o leilão.

Ele lembrou que a sessão pública de ofertas do 3º ciclo da Oferta Permanente já tem data marcada – será em abril de 2022, como noticiamos ontem (16). “Essa é a tendência. Esse é o futuro. Acreditamos também que temos novas fronteiras a serem exploradas, principalmente na Margem Equatorial Brasileira”, completou.

Captura de tela 2021-12-17 125502O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou da entrevista coletiva e teceu elogios ao trabalho realizado pelo Ministério de Minas e Energia na realização do leilão da Cessão Onerosa. “O ministro Bento fez um trabalho extraordinário de coordenação desses leilões, um impasse que existia desde de 2014, porque são contratos complexos e que envolviam muitos parâmetros. Vim ao Rio para celebrar o extraordinário sucesso que o ministro teve nessas duas rodadas”, disse.

Já o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia, destacou as previsões de arrecadação  e investimentos que serão alcançados a partir da licitação. “Tivemos um resultado extraordinário que superou as nossas expectativas. Em primeiro lugar, arrecadamos um total de R$ 11,05 bilhões, que serão repartidos entre governo federal, estados e municípios. Destravamos investimentos novos de dezenas de bilhões de reais, que vão resultar em atividade econômica, empregos e renda para os brasileiros. Isso, além dos valores que serão despendidos pelos vencedores na aquisição dos ativos já existentes e na operação ao longo dos anos. Todos esses gastos são de cerca de R$ 204 bilhões”, estimou.

Para Saboia, o grande destaque do leilão foi a concorrência entre as empresas durante o certame. Como noticiamos mais cedo, houve uma disputa acirrada pelo campo de Sépia. O consórcio formado por TotalEnergies, Petronas e QP Brasil arrematou a área. A Petrobrás, por ter o direito de preferência, ingressou no consórcio como operadora. Para a Atapu houve apenas uma proposta, que superou bastante o percentual mínimo de óleo para a União estipulado no edital do certame. “A grande notícia foi que conseguimos obter competição, elevando o percentual de óleo para União de 15,02% para 37,43% em Sépia, um ágio de quase 150%. Em Atapu, o ágio foi ainda maior, de 438%, passando o percentual de óleo para a União de 5,89% para 31,68%”, avaliou Saboia.

O quadro abaixo apresenta um resumo do resultado do leilão:

resumo

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