GOVERNO DO PARÁ COBRA EXPLICAÇÕES DA HYDRO ALUNORTE APÓS PARALISAÇÃO DE REFINARIA
O governo do Pará pediu explicações à Hydro Alunorte após a empresa suspender totalmente suas atividades em Barcarena e Paragominas. As autoridades paraenses se disseram surpreendidas com a atitude, a qual classificaram como “radical”. A Hydro terá que apresentar um relatório ao governo que justifique a paralisação das operações. Ontem, a companhia anunciou a suspensão de 100% das atividades da refinaria de Barcarena e da mina de bauxita de Paragominas.
Após o anúncio da medida, representantes da Hydro se reuniram com o governador do estado, Simão Jatene, e outras autoridades. O secretário de Meio Ambiente do Pará, Thales Belo, disse que a Hydro havia informado que operaria pelo menos até maio de 2019.
A companhia justificou a paralisação afirmando que a área de depósito de resíduos de bauxita 1 (DRS1) está próxima de atingir sua capacidade máxima. Alegou também que existe um embargo que impede a utilização de uma nova área de depósito de resíduos de bauxita (DRS2), que estava em comissionamento em fevereiro. Por fim, afirmou ainda que está proibida a utilização de tecnologia de filtros prensa, que de acordo com a companhia, reduziria a área de armazenamento necessária e a pegada ambiental.
“Precisamos avaliar tecnicamente o motivo da paralisação, porque, de acordo com o último laudo apresentado pela empresa, a capacidade do depósito [de resíduos de bauxita] só seria atingida em maio de 2019“, ponderou Belo.
Ainda de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Pará, o uso da tecnologia de filtros prensa requer licença específica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Hydro possui apenas uma licença provisória. A pasta ressaltou também que a decisão de embargar o DRS2 foi do governo federal.
Deixe seu comentário