GOVERNO DO PARANÁ SANCIONA LEI QUE PROÍBE TÉCNICA DE FRATURAMENTO NO ESTADO
O governo do Paraná sancionou nesta quarta-feira (10) a lei que proíbe totalmente a exploração do gás de xisto pelo método de fracking (fraturamento hidráulico) em todo território paranaense. O projeto de lei, assinado pelos deputados estaduais Evandro Araújo (PSC), Goura (PDT), Márcio Pacheco (PDT) e Cristina Silvestri (PPS), recebeu hoje a chancela do governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD).
A nova lei revoga uma norma anterior, de dezembro de 2016, que tratava apenas da suspensão temporária da exploração do gás de xisto por um período de dez anos. “Durante todo o processo de apresentação do projeto de lei, mostramos que o fracking não atende à vocação do Estado e que seu uso poderia trazer um dano irreparável ao meio ambiente e à produção agrícola, pois onde foi feito no mundo, deu errado“, explicou um dos autores da lei, o deputado Evandro Araújo.
A técnica foi alvo de severas críticas de grupos ambientalistas, como a Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (Coesus), juntamente com o Instituto Internacional Arayara e a 350.org Brasil. “A sanção da lei traz o Paraná como pioneiro na história do Brasil, protegendo nossas águas, nossa saúde, agricultura e economia. Escolhemos ficar com a vida e agora seguimos como exemplo a outros estados para que também digam não ao fracking“, festejou o diretor da Coesus, Juliano Bueno de Araújo (foto).
A entidade liderada por Araújo ressalta que o fracking usa mais de 700 produtos químicos tóxicos e com potencial cancerígeno para fraturar a rocha e liberar o gás de xisto. “Entre os riscos que o fracking pode causar, temos a contaminação da água potável não só na superfície quanto nas fontes subterrâneas, a esterilização do solo, tornando-o infértil para a agricultura, contaminando produções e inviabilizando a pecuária e o turismo”, alega a Coesus.
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