GOVERNO DO RIO DE JANEIRO NÃO VÊ COM BONS OLHOS A DECISÃO DO TRF SOBRE A CHEVRON

O governo do Rio não encarou muito bem a licença para a Chevron voltar às atividades no Campo de Frade.  O secretário de ambiente do estado, Carlos Minc, considerou o fato como inapropriado e precipitado, já que a empresa ainda não conseguiu provar claramente as causas do acidente nem sequer se mostrar capaz de combater futuros derramamentos de óleo.

A norte-americana acusada como responsável pelos últimos vazamentos de petróleo no Campo de Frade respirou aliviada após a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF). Foram negados a proibição das operações e o pagamento da multa de R$ 20 bilhões, ambos encaminhados pelo Ministério Público Federal (MPF).

Entre as maiores reclamações feitas pelo secretário estão a falta de transparência e a imprudência na exploração dos acordos condicionantes ambientais. Por outro lado, o episódio pode ter consequências positivas uma vez que se intensificam as conversas com a ANP, Marinha e o Ibama em relação a novas propostas para a fiscalização da atividade petrolífera no Brasil.

Deve-se lembrar que a novela da Chevron ainda não terminou. O MPF ainda irá recorrer contra a decisão do TRF. Carlos Minc acredita que a empresa esteja usando a recusa do pedido como prova de absolvição de “todas as lambanças” cometidas, o que, segundo ele, é inaceitável.