GOVERNO IGNORA LEI, PARECER TÉCNICO E FAZ INDICAÇÕES POLÍTICAS PARA COMANDO DA NUCLEP | Petronotícias




faixa - nao remover

GOVERNO IGNORA LEI, PARECER TÉCNICO E FAZ INDICAÇÕES POLÍTICAS PARA COMANDO DA NUCLEP

Saulo Farias NuclepA lei das estatais entrou em vigor no ano passado e foi regulamentada já no governo de Michel Temer, mas o presidente parece não estar tão preocupado em cumpri-la. Nos últimos dias, já a ignorou em dois casos de relevância; tanto para a indicação da diretoria da hidrelétrica Itaipu Binacional, quanto para o comando da Nuclep. No caso desta segunda, os três principais nomes indicados pelo governo são relacionados a deputados que poderiam se opor à reforma da previdência, de formar a tentar colher apoio à medida, e tinham sido vetados pela comissão interna de elegibilidade da Nuclep, formada por três técnicos da companhia, por estarem em desconformidade com a nova lei das estatais.

De acordo com reportagem de Lucas Vettorazzo, do jornal Folha de S. Paulo, o nome de Saulo Farias (foto), indicado para a presidência da Nuclep, é fruto do apoio do deputado Alexandre Valle (PR-RJ), que concorreu à prefeitura de Itaguaí – onde fica instalada a estatal – nas últimas eleições, tendo Farias como seu vice na chapa. Além disso, o indicado também tem contratos com o gabinete de Valle, para aluguel de carros e de uma sala comercial.

Outros dois indicados, Luiz Renato Almeida, para a diretoria comercial, e Luciana Camargo da Silva, para a diretoria administrativa financeira, seriam nomes relacionados, respectivamente, aos deputados Aureo Ribeiro (SD-RJ) e Celso Pansera (PMDB-RJ) – este último conhecido pela delação do doleiro Alberto Youssef, na operação Lava Jato, em que foi citado como “pau mandado” do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba.

Segundo o jornal, Luiz Renato Almeida já ocupou cargo na gerência do Ministério do Trabalho em Duque de Caxias, também por indicação do deputado Aureo, enquanto que Luciana Camargo da Silva foi cabo eleitoral de Pansera, tendo-lhe doado R$ 2.000 nas eleições de 2014. Além disso, ela se diz uma “Panserete” nas redes sociais.

A lei das estatais proíbe a indicação para direção de estatais de pessoas que tenham atuado como dirigentes de partidos, participado de campanhas políticas ou prestado serviços à União e demais poderes nos últimos três anos. No entanto, mesmo com o parecer contrário dos técnicos da Nuclep, as indicações foram levadas adiante pelo governo, como parte do balcão de negócios em troca de apoio parlamentar.

3
Deixe seu comentário

avatar
2 Comment threads
1 Thread replies
0 Followers
 
Most reacted comment
Hottest comment thread
2 Comment authors
Luciano Seixas ChagasMarcelo Recent comment authors
  Subscribe  
newest oldest most voted
Notify of
Luciano Seixas Chagas
Visitante
Luciano Seixas Chagas

Tudo como d’antes no quartel de Abrantes. Um governo pseudo-honesto e pseudo-técnicos nomeando apadrinhados para cargos técnicos sem quaisquer pudores E o presidente não eleito pelo povo, senhor Michel Temer falou justamente o oposto. Como acreditar? incrível. Daí para a corrupção tem uma pinguela curta e estreita.
Quem com porcos se mistura farelo come.

Marcelo
Visitante
Marcelo

Como Michel Temer não foi eleito pelo povo? Aliás, pelo povo que votou no PT, quando digitou 13 na urna de votação.

Luciano Seixas Chagas
Visitante
Luciano Seixas Chagas

Ele foi eleito como vice-presidente. O senado e câmara, por meios tortuosos o colocaram como presidente, mesmo tendo cometido os mesmos pecados ditos como os cometidos por Dilma. Se o processo de impedimento de Dilma foi justo, ele deveria ir junto, pelos mesmos pecados. Inventaram assimetricamente crime diferentes, fugindo as regras e lógica, par que ele se tornasse presidente numa ação urdida na obscuridade, conforme mostrado nos vídeos de Sérgio Machado da Transpetro que mostraram a articulação e coordenação do impedimento feito e pelos atuais detentores do poder, inclusive o presidente (sic.) amplamente comprovado na delação da Odebretch. Tivéssemos um… Read more »