GOVERNO LANÇA O PROMAR PARA VIABILIZAR EXPLORAÇÃO DE GRANDES RESERVAS DA BACIA DE CAMPOS
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque (foto), além de outros membros do governo e representantes da indústria e de municípios produtores de petróleo, participaram na tarde de hoje (11) do evento virtual de lançamento do Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar). A iniciativa é uma espécie de irmão mais novo do Reate, programa que vem obtendo sucesso na implantação de medidas em prol da exploração e produção de campos terrestres. A ideia com o Promar é repetir a fórmula bem sucedida do Reate e ajudar a aumentar a produção decadente do pós-sal na Bacia de Campos.
“Nos últimos dez anos, a produção em mar dos reservatórios do pós-sal, localizados principalmente na Bacia de Campos, teve redução de aproximadamente 60%. Tratam-se de campos maduros que demandam gerenciamento permanente e investimentos constantes a fim de evitar acentuados declínios de produção”, afirmou Bento Albuquerque. “Pretendemos identificar pontos de melhorias regulatórias ou legais que aumentam a atratividade por investimentos nessas áreas e nos permitam extrair o maior volume possível dos nossos recursos naturais”, completou.
O ministro disse durante o evento de apresentação do programa que os resultados esperados com o Promar são a extensão da vida útil dos campos, o aumento do fator de recuperação, o crescimento de recolhimento de participações governamentais e a geração de mais empregos em diferentes localidades do país. Ele lembrou ainda que os efeitos do programa serão particularmente sentidos no estado do Rio de Janeiro e municípios produtores do Norte Fluminense, diretamente afetados pela tradicional produção de óleo e gás na Bacia de Campos.
O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Rodolfo Saboia (foto à direita), também presente no evento, afirmou que o pós-sal marítimo perdeu muita produtividade. Hoje, os campos da área entregam 850 mil barris de óleo equivalente por dia, o que representa menos da metade do que era em 2010 e apenas 23% da atual produção nacional. “Não se pode esquecer, contudo, a relevância desse ambiente, que já produziu cerca de 16 bilhões de óleo equivalente ao longo de sua história. Ou seja, 63% de tudo que já foi extraído de petróleo e gás no Brasil até o momento”, lembrou.
Saboia frisou ainda que de 98 planos de avaliação de descoberta offshore concluídos, apenas 33 redundaram em campos. E ainda há nove descobertas que tiveram suas declarações de comercialidade postergadas. “Só essas nove descobertas representam 10 bi de volume em barris in place, para os quais precisamos encontrar uma forma de viabilizar a exploração”, acrescentou.
Após o fim da Consulta Pública do Promar e o lançamento do programa, o próximo passo agora será a realização do primeiro workshop da iniciativa, marcado para os dias 15 e 16 de abril.
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