GOVERNO MINIMIZA MENOR PARTICIPAÇÃO DA PETROBRÁS E PREVÊ PICO DE GERAÇÃO DE EMPREGO ENTRE 2023 E 2024 | Petronotícias




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GOVERNO MINIMIZA MENOR PARTICIPAÇÃO DA PETROBRÁS E PREVÊ PICO DE GERAÇÃO DE EMPREGO ENTRE 2023 E 2024

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

coletiva-300x216O governo tentou minimizar a menor presença da Petrobrás na 5ª Rodada de licitações, que terminou agora há pouco, no Rio de Janeiro. A estatal ficou apenas com uma área, Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. Foi uma participação tímida, personificada até pelo presidente da empresa, Ivan Monteiro, que saiu do leilão sem conversar com a imprensa. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, preferiram enaltecer os números da rodada e disseram que a falta de apetite da estatal faz parte do jogo. “A participação da Petrobrás foi ativa. Ela tem a forma própria de fazer gestão de portfólio. Fizeram uma tentativa e ficaram com o bloco que manifestaram interesse, que foi Sudoeste de Tartaruga Verde“, ponderou Oddone.

Na opinião do diretor-geral da ANP, essa menor participação da Petrobrás é um processo produtivo, porque mostra que o setor não é mais dependente só da estatal por conta da diversificação dos players presentes no mercado. “Se houver uma crise, ela vai ser localizada em uma única empresa. Isso é uma mudança extraordinária em relação ao passado. Criamos uma diversificação na atividade [de óleo e gás]“, afirmou Oddone, que revelou ainda que não será candidato à reeleição para o cargo de chefia da ANP.

Oddone e Félix também foram questionados sobre os impactos das recentes mudanças de conteúdo local e do fim da operação exclusiva da Petrobrás. Durante a coletiva de imprensa, foi perguntado aos dois se o resultado do leilão não seria semelhante caso os índices fossem mantidos nos patamares anteriores. O diretor-geral da ANP respondeu que não, “porque a concentração de investimentos em uma única empresa dificulta a financiabilidade. Só no upstream, a quantidade de recursos necessários para fazer investimentos acontecerem é da ordem de R$ 2 trilhões, em dez anos. Estamos falando de investimentos de R$ 200 bilhões por ano”, justificou.

Nas estimativas feitas pela ANP, os recentes leilões vão trazer um início de retomada a partir do final de 2019, chegando ao pico em termos de investimento e geração de emprego em 2023 e 2024. A previsão da agência é de que a produção aumente de forma significativa a partir da metade da década que vem. “A produção do petróleo vai dobrar até 2027 e o Brasil será um dos quatro ou cinco maiores produtores do mundo“, concluiu Oddone.

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