GOVERNO PASSA PARA OS CONSUMIDORES AS DÍVIDAS DA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA NO AMAZONAS E BENEFICIA EMPRESA DOS IRMÃOS JOESLEY E WESLEY BATISTA | Petronotícias





GOVERNO PASSA PARA OS CONSUMIDORES AS DÍVIDAS DA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA NO AMAZONAS E BENEFICIA EMPRESA DOS IRMÃOS JOESLEY E WESLEY BATISTA

Os irmãos bilionários Joesley e Wesley Batista

Os irmãos bilionários Joesley e Wesley Batista

Há situações que não se podem admitir mais, depois do que o país atravessou nos anos seguintes das descobertas feitas pela Operação Lava Jato. Foram anos de poucos ou nenhum negócio na área de petróleo e, em consequência, muitas pequenas médias e grandes empresas, em dificuldades, buscaram outras opções de negócios para sobreviver. Muitas delas, fechando, deixando engenheiros e técnicos ultra profissionais, experientes, fora do mercado, aposentados ou morrendo. O país perdeu uma infinidade de mão de obra qualificada. Os bons e os melhores foram buscar alternativas no exterior. E o Brasil fez um mergulho profundo em apneia. E quando dava sinais de estar voltando à tona, parece encarar os mesmos problemas. NÃO PODEMOS MAIS REPETIR OS MESMOS ERROS. AINDA A MAIS COM OS MESMOS PERSONAGENS. Temos que ter aprendido alguma coisa com os erros cometidos há poucos anos. Hoje, para quem ainda não tomou conhecimento, o jornal O Estado de São Paulo, em uma reportagem dos jornalistas Daniel Weterman e Mariana Carneiro, traz uma revelação preocupante e suspeita. Três dias após a Âmbar Energia comprar usinas da Eletrobras, como o Petronotícias informou aqui, o  governo assinou uma norma que salvará o negócio. E, pior, repassando o custo dessa manobra política aos consumidores, muito provavelmente pensada antes da realização da venda dos ativos.

os dois irmãos Batista em uma reunião de governo presidida pelo Presidente Lula

os dois irmãos Batista em uma reunião de governo presidida pelo Presidente Lula

O ministério de Minas e Energia, com uma explicação capenga, diz que é para dar sustentabilidade à distribuidora no Amazonas. O governo do presidente Lula, através do Ministro Alexandre Silveira, editou uma medida provisória que beneficia a Âmbar, empresa dos irmãos  Joesley e Wesley Batista, no setor de energia elétrica, que estão soltos e tiveram suas multas bilionárias perdoadas pelo Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Isso mesmo, os mesmos que revelaram em delação premiada à Policia Federal que deram “40 milhão de dólar (sic) para conta de Lula e 50 milhão de dólar (sic) para conta da Dilma, através do Ministro Guido Mantega”. Isso choca a todos. Sugere a participação dos mesmos personagens, nos mesmos erros. A decisão socorre o caixa da Amazonas Energia e cobre pagamentos que a empresa deve fazer para as termelétricas recém-compradas pela Âmbar. Os recursos necessários para a operação serão bancados pela conta de luz de todos os consumidores brasileiros por até 15 anos.

O Vice-Presidente Geraldo Alckmim

O Vice-Presidente Geraldo Alckmim

A Eletrobrás comunicou ao mercado esta operação da venda de 13 usinas para a Âmbar por R$ 4,7 bilhões. Desse total de termelétricas, com exceção da usina de Santa Cruz, no Rio, as demais vendem energia para a Amazonas Energia, a distribuidora de energia elétrica do Estado do Amazonas. A empresa, no entanto, é deficitária e desde novembro não paga pela energia gerada por essas térmicas. A Âmbar, ao fazer a oferta, assumiu o risco de inadimplência desses contratos, até então na conta da Eletrobras, que informou exatamente isso em seu comunicado oficial ao mercado.

Apenas três dias, o milagre da salvação se apresentou: o Diário Oficial da União trouxe a publicação de uma medida provisória de socorro ao caixa da Amazonas Energia e que transfere o pagamento pela energia das térmicas para contas gerenciadas pelo governo e financiadas pelas contas de luz de consumidores de todo o País por até 15 anos.

O Ministro Alexandre Silveira e o Presidente Lula

O Ministro Alexandre Silveira e o Presidente Lula

O Presidente Lula, mesmo no Brasil, não assinou. Empurrou o “milagre” para seu vice, Geraldo Alckmin, e para seu ministro, Alexandre Silveira. O governo encaminhou ao Congresso a exposição de motivos, documento formal que justifica a edição das normas. Até ser publicada ontem (13), o texto não era conhecido. Os custos para os consumidores do resto do País calculados por operadores do mercado de energia variam de R$ 2 bilhões a R$ 2,7 bilhões por ano, podendo ultrapassar R$ 30 bilhões no final. Além das usinas, a Âmbar já demonstrou interesse em comprar a própria distribuidora Amazonas.

AMAZONASPela medida provisória, os contratos de fornecimento das térmicas com a Amazonas Energia passarão a ser pagos pela chamada “Conta de Energia de Reserva”, que é gerida pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Essa conta é financiada por todos os consumidores de energia elétrica, sejam eles do mercado regulado (pequenos consumidores), do mercado livre (grandes consumidores) e também autogeradores. A medida do governo também prorroga por 120 dias flexibilizações que permitem à concessionária amazonense registrar perdas e problemas econômicos sem sofrer punições. Na justificativa, o ministro de Minas e Energia escreveu que, sem essas permissões para a distribuidora, “é improvável que no curto prazo consiga-se trazê-la a um patamar de sustentabilidade econômico-financeira”.

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Típico de um governo de um ladrão… Deprimente…