GOVERNO PREVÊ CONSTRUÇÃO DE 12 NOVAS USINAS NUCLEARES NO BRASIL ATÉ 2050
O governo parece ter acordado para uma fonte energética que há muito tempo vem recebendo menos atenção do que deveria. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu nesta quarta-feira (15) a construção de novas usinas nucleares no Brasil, ressaltando que elas garantem segurança ao sistema e têm um grande custo benefício, por serem mais baratas. A previsão do governo, segundo Braga, é que sejam construídas 12 novas usinas até 2050, sendo quatro até 2030 e oito nos 20 anos seguintes.
A necessidade de acelerar o programa nuclear nacional já vinha sendo defendida há bastante tempo pelos agentes do setor energético, principalmente pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), mas o governo e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que planeja a matriz, não deram sinais dos planos que tinham para a geração nuclear nos últimos anos.
A declaração do ministro Eduardo Braga muda o tom adotado pela pasta nos últimos tempos e traz uma notícia que já começa a ser comemorada pelo setor elétrico.
“O Brasil tem urânio e detém a tecnologia de processamento. Não podemos abrir mão da energia nuclear”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Braga afirmou ainda que será criado um novo modelo para construção das usinas, destacando que 21 locais no País já foram estudados como possibilidades para a instalação das plantas, além de informar que as análises estão sendo aprofundadas.
Em eventos do setor de energia, a Eletronuclear já citou algumas vezes duas opções mais prováveis para a construção das usinas. Uma das localizações, com o intuito de atender ao mercado do Nordeste, seria o município de Itacuruba, à beira do Rio São Francisco, perto de Belém de São Francisco, em Pernambuco. A outra cidade mais provável seria no município de Ponto Chique, a 100 km de Montes Claros, em Minas Gerais, também na beira do Rio São Francisco.
O presidente da Abdan, Antonio Müller, viu a notícia como positiva para a indústria e elogiou a postura do ministro. Müller afirmou que o total de quatro usinas até 2030 ainda é um número conservador tendo em vista a demanda energética brasileira, mas ressaltou que o importante é iniciar o programa de implantação de novas usinas imediatamente.
“A declaração do ministro é muito positiva e mostra que ele está pensando como brasileiro. O Brasil não pode abrir mão de geração de energia elétrica de base, confiável, segura e econômica, que além disso tudo utiliza combustível nacional”, afirmou Müller.
A Abdan defende também que haja alterações no modelo de construção de usinas nucleares no País, com a aprovação no Congresso de um PEC que permitirá a participação privada majoritária em novos projetos de usinas, como forma de incentivar os investimentos no setor. O assunto deve ser debatido mais amplamente durante o VI Seminário Internacional de Energia Nuclear (VI SIEN), previsto para ocorrer entre 15 a 19 de junho, no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ).
Até que fim uma notícia boa desse governo, uma visão de futuro. Sabemos que Belo Monte não vai conseguir atingir sua capacidade geradora programada, além de ter causado enorme prejuízo ao meio ambiente e uma cultura que jamais será recuperada. Também vai ter enorme custo na linha de transmissão. O Brasil como sempre, mesmo vendo o mundo andar, demora dar o passo certo em direção ao futuro. Levamos mais de 30 anos para construção de 3 Usinas, não podemos repetir esse erro. Privatizar a energia nuclear será a garantia de construir mais e com maior rapidez. Estamos como peixe no… Read more »