GOVERNO REÚNE INDÚSTRIA PARA DEBATER MUDANÇAS NO CONTEÚDO LOCAL
O governo reuniu representantes da indústria de petróleo e gás nesta semana para debater as mudanças que serão feitas em relação à política de conteúdo local, num primeiro passo efetivo do processo que já tinha sido anunciado no início do ano, ainda no governo de Dilma Rousseff. O tema é controverso, já que as petroleiras querem flexibilizar as regras, apesar de grande parte da cadeia de bens e serviços ter feito uma série de investimentos para atender à demanda prometida nos últimos anos, que acabou não vindo.
No encontro, que contou com membros do Comitê Diretivo e do Comitê Técnico-operativo do Programa de Estímulo à Competividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural (Pedefor), assim como representantes de entidades do setor público e dirigentes de 11 associações privadas do segmento, foram feitas diversas proposições, que serão sistematizadas e disponibilizadas aos interessados nas próximas semanas, segundo o Ministério de Minas e Energia.
“Esse foi o primeiro encontro no âmbito do Pedefor que reuniu o setor público e privado. A reunião foi bastante produtiva. Não se faz política industrial sem dialogar com o setor produtivo”, afirmou a Diretora do Departamento das Indústrias para a Mobilidade e Logística do Ministério do Desenvolvimento, Margarete Gandini.
O governo já marcou uma nova reunião para ampliar as discussões sobre o tema, para a segunda quinzena de outubro, com a presença das associações representantes da cadeia de exploração e produção de petróleo e gás.
Estiveram presentes no workshop do Pedefor representantes das seguintes entidades: IBP; CNI; ONIP; ABPIP; Abespetro; Abitam; Sinaval; Abinee; ABCE; Abimaq; e ABDIB; além dos Ministérios da Ciência, Inovações e Comunicações (MCTI), de Minas e Energia (MME), da Fazenda (MF), de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG), e da Transparência, Fiscalização e Controle (CGU). Também fizeram parte do debate a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
E a Petrobras? Ignoraram a maior (única até aqui) possível contratante?
Vamos ficar com os buracos do pré sal apenas, enquanto as empresas estão mergulhadas em dívidas e muitas ainda não receberam os serviços e produtos que prestaram?