GOVERNO TIRA JOSÉ MAURO COELHO DA PETROBRÁS E NOMEIA CAIO MÁRIO ANDRADE COMO NOVO PRESIDENTE DA COMPANHIA
Durou pouco mais de um mês a gestão de José Mauro Coelho à frente da Petrobrás. Como já era esperado pelo mercado, o presidente Jair Bolsonaro cumpriu a sua promessa de “mexer nas peças do tabuleiro” da empresa. O Ministério de Minas e Energia acaba de anunciar, no final da noite de hoje (23), que Coelho deixará o comando da petroleira. Em seu lugar, o governo decidiu convidar Caio Mário Paes de Andrade (foto) para assumir o posto.
O novo presidente da Petrobrás é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e Mestre em Administração de Empresas pela Duke University. Em seu currículo, não consta passagens em atividades ligadas ao setor de óleo e gás. Ainda assim, o Ministério de Minas e Energia disse que o novo indicado “reúne todas as qualificações para liderar a Companhia a superar os desafios que a presente conjuntura impõe”.
Andrade liderou a construção de três empresas do mercado brasileiro de Tecnologia da Informação. Em 2019, passou da iniciativa privada para a área pública, assumindo a presidência da SERPRO até agosto de 2020. Naquele mês, ele foi escolhido para assumir a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.
Caio Andrade será o quarto presidente da petroleira desde o início do governo Bolsonaro. Antes dele, passaram pelo comando da empresa o economista Roberto Castello Branco, o general Joaquim Silva e Luna e, mais recentemente, o engenheiro José Mauro Coelho. Atrás de todas essas mudanças está a política de preços de combustíveis da companhia, tema particularmente sensível para Bolsonaro, especialmente em ano eleitoral.
No primeiro trimestre do ano, a Petrobrás lucrou R$ 44,5 bilhões, algo que Bolsonaro classificou como “estupro”. Na noite da divulgação do resultado financeiro da companhia, o presidente chegou a fazer um apelo para que Coelho e o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, não fizessem novos reajustes no diesel. Poucos dias depois, a Petrobrás anunciou uma alta de quase 9% no preço do produto. Na sequência, foi anunciada a saída de Albuquerque do governo.
Nesse ritmo, ainda há chance para, no mínimo, 6 novos presidentes da empresa até o fim do ano. Quero entrar nessa fila. Me coloco à disposição do governo federal e da Petrobras.
O negócio é desatar o nó q o PT fez na Petrobrás.
Desatar o nó… Hum, vai acreditando nisso, inocente! Na verdade está atando um nó de marinheiro.