GRÃ-BRETANHA PRETENDE USAR LAGOAS ARTIFICIAIS PARA GERAR ENERGIA ELÉTRICA

A Grã Bretanha está planejando gerar eletricidade a partir de lagoas artificiais que captam a força das marés, em um projeto pioneiro. Serão seis lagoas, quatro delas no País de Gales e duas nas regiões de Somerset e Cumbria, na Inglaterra, captando as marés que atingem muros gigantes, usando o peso da água para gerar energia para turbinas.

Os altos custos do projeto não afastaram o governo, que através do ministro britânico de Energia, Ed Davey (foto), afirmou que apoiará o empreendimento. A lagoa de Swansea, no País de Gales, por exemplo, custará £ 1 bilhão, cerca de R$ 4,37 bilhões, podendo gerar energia suficiente para 155 mil residências.

Uma estimativa feita pela companhia Tidal Lagoo Power aponta que 8% da eletricidade usada na Grã Bretanha pode vir dessas seis lagoas, com um investimento total de £ 30 bilhões (cerca de R$ 131 bilhões). O custo da engenharia encarece bastante o projeto. Somente a muralha de proteção para a lagoa de Swansea se estenderá por mais de oito quilômetros.

O sistema funciona a partir de comportas, que se fecham e abrem de acordo com o nível da água dos dois lados do muro construído no mar. Quando a maré começa a subir, portões no muro são fechados e a água se acumula do lado de fora da lagoa. Quando a maré está cheia do lado de fora, os portões são abertos e a água entra, passando pelas turbinas, para encher a lagoa. Quando a maré vira, os portões são fechados para manter a água dentro dela. Assim que a maré fica baixa do lado de fora do muro, os portões são abertos para gerar energia novamente enquanto a água flui.

O principal benefício com esta tecnologia é que marés podem ser previstas, ao contrário do que ocorrer com a energia solar e eólica. As turbinas capturam energia de duas marés que entram e duas marés que saem da lagoa por dia e devem permanecer ativas por uma média de 14 horas diárias.