GRAÇA EXALTA INDÚSTRIA BRASILEIRA E DIZ QUE PAÍS ESTÁ PRÓXIMO DOS PRAZOS INTERNACIONAIS NA ENTREGA DE PLATAFORMAS
Por Daniel Fraiha e Bruno Viggiano –
A presidente da Petrobrás, Graça Foster, apesar de não ter vindo à abertura da Rio Oil & Gas 2014, frustrando os presentes na segunda-feira (15), veio para o encerramento da feira, nesta quinta (18), e fez um longo discurso em exaltação à indústria brasileira, desta vez recebendo muitos aplausos da plateia de empresários e executivos. Ainda assim, saiu sem falar com a imprensa, assim como o diretor de exploração e produção, José Formigli. Diferente dos outros dias do evento, a diretoria da Petrobrás veio em peso para a cerimônia de conclusão, contando ainda com José Figueiredo, de engenharia, José Carlos Cosenza, de abastecimento, e José Alcides Santoro, de gás e energia. Um dos destaques apontados por Graça foi o avanço da curva de aprendizado do segmento naval e offshore nacional, que já está se aproximando dos prazos de entrega realizados no mercado internacional. Segundo a presidente da estatal, a média de tempo necessário para a construção de plataformas no Brasil nos últimos cinco anos chegou a 42 meses por unidade, ante 39 meses gastos em países com tradição no setor de construção offshore. No passado, os prazos nacionais chegavam a 60 meses.
“Acreditamos, sim, ser possível fazer parte desse trabalho no Brasil. Tivemos sete meses de crescimento consecutivo na produção (…). Esse progresso está intimamente ligado ao desempenho da indústria no Brasil, daquilo que faz parte do conteúdo local, do atendimento das encomendas que temos fora do Brasil, é o sucesso da indústria naval, é o sucesso dos estaleiros, dos moduleiros, dos nossos fornecedores, sem falar, evidentemente, do sucesso da equipe Petrobrás”, afirmou.
De acordo com a executiva, a estatal teve um crescimento de 10% na produção nacional entre janeiro e agosto, sendo 12% se contar a produção operada por ela. Graça enumerou as plataformas entregues, citando os FPSOs Cidade de São Paulo, Cidade de Paraty, Cidade de Mangaratiba e Cidade de Ilhabela – estes dois últimos deixaram os estaleiros este mês –, além de uma série de plataformas, destacando sempre os índices de conteúdo local acima de 60%. Apenas a TAD, do campo de Papa Terra, que teve 0% de conteúdo local, segundo a presidente.
Os números apresentados citavam ainda 38 sondas da Petrobrás em operação atualmente, sendo 21 no pré-sal, com a previsão de fechar 2014 com a construção de 45 poços concluída. Além disso, o avanço da eficiência operacional, saindo de 86% em 2012 para 91% em 2014, foi outro destaque dado pela executiva, ressaltando que na Bacia de Campos o percentual passou de 71% a 78% nesse período.
Graça falou também sobre o avanço das reservas provadas e potenciais da estatal, ressaltando os investimentos em Exploração e Produção para o período entre 2014 e 2018, com a previsão de serem aplicados US$ 153,9 bilhões pela própria Petrobrás e outros US$ 44,8 bilhões pelos parceiros presentes no mercado, com destaque para Libra.
“As parcerias são fundamentais para nós. Parcerias que cuidamos com todo carinho, como se fosse um bebê. Um bebê que se chama Libra”, afirmou, contando que nesta quinta o primeiro poço em perfuração na área atingiu a profundidade de 3,5 mil metros. Além disso, falou que o segundo poço de Libra deve começar a ser perfurado no dia 22.
A presidente da petroleira fez ainda uma ressalva sobre a importância do ritmo dos leilões de áreas, negando no entanto que deva ser feito um calendário, com a indústria pede constantemente.
Em um dos slides de apresentação, constava ainda uma frase que Graça não pronunciou, mas que foi bastante notada. Lá dizia, como uma diretriz que deve ser acompanhada em relação ao conteúdo local: “segue percentuais atuais, mantendo a flexibilidade hoje já existente”.
Ao encerrar a cerimônia, muito aplaudida, seguiu-se um breve discurso do presidente do IBP, João Carlos de Luca, que enumerou as conquistas da feira, com grande participação nacional e internacional, ressaltando o anúncio da 13ª rodada, feito durante a abertura, e lembrando que na última edição, em 2012, o governo também anunciou novas rodadas.
“A gente brinca até, dizendo: ‘esperamos que não seja preciso fazer uma Rio Oil Gas todo ano para ter rodadas”, disse, em tom descontraído, seguindo com os agradecimentos.
As justificativas da Graça Foster do “inventário Precoce” com base em supostas comprovações em curso desde 2013, pelas quais declara que já vinha providenciando a documentação necessária para a lavratura das Escrituras de Doação de bens Imóveis aos seus filhos com Cláusula de Usufruto não passa de uma estratégia defensiva e dissimulada, funcionando como uma confissão de sua parte nos malfeitos relacionados a aquisição da Refinaria de Pasadena e outras mazelas que culminou com prejuízo incalculável a Petrobras, sobretudo a sua imagem. Afirmar que doações de bens são atos legítimos, previstos em lei torna-se correto e usual quando a finalidade… Read more »