GRAÇA FOSTER DIZ NA TV QUE VENINA MENTIU, NEGA QUE FOI OMISSA E QUE CONTROLES DA PETROBRÁS NÃO FALHARAM | Petronotícias




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GRAÇA FOSTER DIZ NA TV QUE VENINA MENTIU, NEGA QUE FOI OMISSA E QUE CONTROLES DA PETROBRÁS NÃO FALHARAM

gracaUm dia depois de ser desmentida pela ex-gerente Venina Velosa, a Presidente da Petrobrás Graça Foster concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Nacional para voltar a dizer que Venina não fez qualquer denúncia sobre irregularidades na companhia. O disse me disse acaba por enfraquecer ainda mais Foster no cargo, apesar da Presidente Dilma insistir em mantê-la na função. Depois de ouvir as duas versões, pode se entender que quando houve apuração das denúncias feitas por Venina em relação a desvios de milhões de reais na área de comunicação da Diretoria de Abastecimento, ela falou a verdade. Quando não houve apuração em outras denúncias feitas por ela à diretoria, o e-mail enviado não foi suficientemente claro.

Graça Foster garantiu que nunca foi próxima de Venina e  desmentiu o depoimento dado pela ex-gerente de que foi obrigada a se mudar para Cingapura. Graça disse ter sido informada por José Carlos Cosenza, que assumiu a diretoria de Abastecimento da estatal em abril de 2012, no lugar de Paulo Roberto Costa, que Venina pediu para ir morar em Cingapura, o que parece inverossímil, depois de assistir ao depoimento de Venina.

Foster disse  que:

 “Venina nunca fez nenhuma denúncia usando as palavras conluio, cartel, corrupção, fraude, lavagem de dinheiro. A Venina nunca fez nenhuma denúncia na diretoria sobre essas questões. Os e-mails eram cifrados, truncados, muito misturados. Isso foi em outubro de 2011, quando eu já sabia que seria presidente da Petrobras. Sabíamos disso e isso estava sendo trabalhado dentro da companhia. Ela não fez denúncias. Ela não colou essa palavra. Ela entendia que muitas melhorias deviam ser feitas, e muitas dessas melhorias eu concordo, mas a Venina já estava afastada das atividades, porque 2007 ela apresentou o plano de aceleração da refinaria, que foi uma grande marca nas atividades da Rnest”.

A presidente Graça Foster parece não ter  lembrado que Venina Velosa foi afastada do cargo e punida pela comissão que está investigando irregularidades na Companhia. Ela foi colocada por esta comissão no mesmo patamar de Pedro Barusco, que admitiu ter roubado 100 milhões de dólares da companhia.

“Se cartel era discutido, era fora daqui. Irregularidades, era fora daqui, conluio, era fora daqui. Ela é uma pessoa muito organizada de fato, eu a vejo assim. Ao organizar documentos e mostrar que não tem nenhuma responsabilidade nas não conformidades, ela vai estar fazendo um bem para a Petrobras. Esse é o entendimento da Comissão Interna de Apuração. Quando ela mostrar tudo isso, estará fazendo um bem enorme à Petrobras. ”

Respondendo a pergunta sobre se tinha conhecimento das irregularidades na Petrobrás na área da comunicação, Foster disse que:

“Eu não participei de nada. Soube desse assunto numa conversa mais superficial que soube na diretoria. Muitas comissões internas acontecem na Petrobras e as outras áreas não ficam sabendo. Nesse caso teve uma comissão interna, depois uma segunda. Então esse rapaz (Geovani) entrou em licença médica sucessivas. Um dia já presidente me falaram que ele voltara e o Jurídico me disse que tinha que ser demitido. eu falei com Cosenza que tinha que demitir e foi feito em 2013 por justa causa. Então essa foi a história.”

Sobre a volta de Venina para dirigir o escritório em Cingapura, Graça Foster cometeu um deslize ético ao revelar o salário que Venina recebia em entrevista ao jornal O Globo:

“Nosso gerente-geral saiu e o Cosenza (diretor de Abastecimento) me disse que a Venina pediu para ir para Cingapura. E foi para lá 1 de julho de 2012 até 19 de novembro de 2014 no comando geral do escritório. e até onde chegou para mim fez um bom trabalho como presidente do escritório. Ela pediu para ir para lá. O salário total dela foi de R$ 167.342,00, o que é muito mais do que eu ganho. E 90% da escola das meninas era custeada pela Petrobrás. Ela pediu para voltar para Cingapura, fez um bom trabalho e ganhava essa remuneração. Em setembro ela pediu prorrogação por mais um ano no escritório. Como ela estava muito bem, eu autorizei.”

Sobre a primeira vez da ida de Venina para Cingapura, Foster foi dura e tentou desqualifica-la:

Não existe isso de exilado. Eu não sei se sofreu assédio. Não sei quais foram as circunstâncias da primeira transferência dela para Cingapura. Só sei que ela foi estudar,  mas ninguém ó obrigado a nada.  Não conheço esse assédio, eu a vi entristecida, preocupada com a questão do rapaz, do Giovani. Ela estava muito abalada e eu falei com o Paulo. Ela disse que ia para mim que ia para Cingapura que estava preocupada com a entrevista com orientador, essas coisas. Ela voltou uma profissional certamente com uma formação melhor, voltou para ser diretora-presidente da empresa (em Cingapura) porque pediu. Ela foi pela segunda vez para Cingapura de 01 de junho de 2012 a 19 de novembro de 2014.”

Foster dá o caminho para quem, como Venina, quiser fazer denúncias internas sobre possíveis irregularidades:

Temos uma ouvidoria e uma auditoria. Eu chamo a todos os empregados que chegue à auditoria e à ouvidoria o mais documentado possível. E, além disso, a gente teve aprovado a diretoria de governança. Um diretor sentado do nosso lado, e tudo indica que no final de janeiro a gente já tenha esse diretor trabalhando. E uma das funções é a integridade das pautas. É mais um grande filtro.”

A presidente da empresa, apesar de tudo que se está vendo diariamente, diz que os controles da companhia não foram falhos:

“Não foram falhos. Precisa de mais controle, é uma empresa grande que contratou R$ 70, R$ 80, R$ 90 bilhões nos últimos anos e precisava de mais controles. É preciso ter confiança no diretor, é ele que traz a pauta. E o rigor nos anexos, para que estejam completos, tudo isso é muito importante. Mas é preciso ter diretores que sejam confiáveis. E suas equipes também. Uma pessoa não pode ser responsabilizada, esse conjunto tem que ser olhado, por isso estamos fazendo uma investigação interna pelos escritórios brasileiros e americanos.”

E defendeu-se das acusações de ter sido omissa:

“Eu não fui omissa, definitivamente eu não fui omissa. Tenho feito mudanças sucessivas na companhia junto com diretores na busca de melhores controles. Definitivamente não fui omissa. Os diretores Almir Barbassa, eu, Formigli, não somos omissos. Aliás, pagamos duro pela dureza que nós temos empreendido na companhia.”

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VITOR

Imagina se o controle tivesse falhado então, a empresa teria sido vendida, e depois falariam que nem viram que o que aconteceu…