GRAÇA SE EMOCIONA AO DEFENDER PETROBRÁS E DEPUTADOS AVALIAM CRIAÇÃO DE NOVA LEI PARA CONTRATAÇÕES DA ESTATAL
A presidente da Petrobrás não podia escolher melhor o dia para dar seu depoimento na CPI mista. Graça Foster foi convocada para depor na véspera do jogo de estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. No final da tarde, depois de um repetitivo questionamento sobre a compra da Refinaria de Pasadena, Foster praticamente repetia as suas repostas de suas idas anteriores. Se copiasse e colasse as suas falas, em nada mudaria o peso de suas declarações. A única diferença presente no depoimento foi a emoção com que Graça defendeu a estatal, chegando a ficar com a voz embargada e fazendo pausas na fala. Uma novidade, que ficou sem detalhes, foi a possibilidade de criação de uma nova lei referente às contratações da Petrobrás, aventada pelo deputado Marco Maia, que disse ser este um assunto previsto para estar na pauta de discussões da CPI nos próximos encontros.
Na verdade, pouco foi acrescentado ao que já se sabia. Mesmo depois da fala sobre a SBM, em que Foster mais uma vez repetiu que nada se apurou de errado nas acusações de corrupção nas assinaturas de contratos com a empresa monegasca.
Mais uma vez, a presidente reconheceu que houve erros no planejamento da Refinaria Abreu e Lima, mas mesmo assim com ressalvas:
“A fase um foi aprovada pela diretoria em setembro de 2005. Em seguida, passamos para as fases dois e três. Foi um trabalho muito importante. Podemos ter cometido todos os erros, mas foi um trabalho técnico”, disse.
Pouco depois, o deputado Marco Maia citou declarações do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que atribuiu o preço inicial da refinaria em Pernambuco a uma “conta de padeiro”.
Graça defendeu emocionada o corpo técnico da estatal, com a voz embargada, visivelmente incomodada com a expressão utilizada pelo deputado.
“A Petrobrás é digna. A engenharia da Petrobrás não merece isso. Eu me recuso a repetir isso. Eu não aceito isso”, disse, entre pausas para enxugar os olhos e se recompor.
Inicialmente a refinaria foi orçada em US$ 2,5 bilhões, mas com o passar dos anos o custo foi aumentando e atualmente o valor total está previsto em cerca de US$ 18,5 bilhões. Frequentemente em suas apresentações, desde que assumiu a presidência da estatal, Graça cita a refinaria como um exemplo a não ser repetido.
Dos poucos parlamentares presentes que ainda estavam na capital federal na véspera de um feriado nacional, podia se ver que estavam mais preocupados com as ações nesta quinta dos comandados de Felipão do que com as ações da Petrobrás.
Se observarmos com maior acurácia, não fica difícil de concluir o que, de fato, vem ocorrendo com o Instituto dos Concursos Públicos nas Estatais. A admissibilidade através de Concursos Públicos, em especial na Petrobras, vem constituindo numa verdadeira “Missão Impossível” a começar pela vedação quanto a participação de tecnólogos, profissionais com formação em licenciatura plena, profissionais de cursos superior com experiência (plenos, seniores, consultores) e de aposentados, contrariando a CF em seu artigo 37 inciso II. Refiro-me a contratação de mão de obra terceirizada de um grupo seleto de empresas prestadoras de serviços de apoio técnico, ou serviços suplementares para… Read more »
DEPOIMENTO DE GRAÇA FOSTER À CPMI DA PETROBRAS. No depoimento da Presidente da Petrobras Graça Foster na CPMI da Petrobrás, o Deputado Marco Maia propôs uma nova lei às contratações da Petrobrás, afirmando ser este um assunto previsto para estar na pauta de discussões da CPMI nos próximos encontros. Os fatos comprovam ser, de fato, necessário que o legislativo promova uma nova lei para as Contratações, incluída as aquisições de bens e serviços e alienações, envolvendo as diversas modalidades, tipos e regimes, no âmbito da administração direta, estatais e empresas de economia mista, em substituição a norma atual (Lei 8666)… Read more »