GREENPEACE TAMBÉM ACHA UM ECOSSISTEMA PRÓSPERO NO MÉXICO E TENTA IMPEDIR A CONSTRUÇÃO DE UM GASODUTO EM VERA CRUZ
E não é que o grupo internacional Greenpeace também tenta atrapalhar agora a construção de um gasoduto na costa de Vera Cruz, no México. E o mais curioso é que os argumentos são os mesmos que apresentaram aqui na Foz do Amazonas, no Amapá, onde filmara, o que não existia, um Recife de Corais raros. Agora eles encontraram um ecossistema próspero, onde a empresa TC Energy vai construir o gasoduto e diz ser montes de areia. Javier Bello, membro do GreenPeace, disse que mal podia acreditar no que via nas águas da costa de Veracruz. A cem metros de profundidade diz ter vistos os raios de sol cortando a água e os peixes dançavam entre o delicado conjunto de arames e corais negros, a 100 metros abaixo da superfície. “Foi incrível.” Ele disse temer que o lugar seja devastado pela construção de um gasoduto.
Ao que parece foi “incrível” também para a empresa, que pesquisou o local anteriormente. Javier Bello disse que “Não temos frequentemente acesso a este tipo de oportunidades de investigação no México. Portanto, é um bom exemplo de organizações não-governamentais que trabalham com universidades para fazer as coisas acontecerem em conjunto”. A TC Energy propôs uma extensão de um gasoduto por cerca de 800 quilômetros. Das cidades costeiras de Tuxpan a Coatzacoalcos, no estado mexicano de Veracruz. A empresa alegou que não há nada significativo no fundo do mar ao longo da rota planejada e que a construção não prejudicará as áreas marinhas protegidas existentes. Mas Bello diz que os investigadores sempre tiveram a suspeita de que os recifes se estendiam para além das áreas protegidas. As coordenadas exatas do gasoduto permanecem confidenciais, mas a informação vazada ao Greenpeace por um funcionário anônimo do governo apontou para uma área geral – cerca de 120 metros da costa – que orientou a rota do Arctic Sunrise.
Anteriormente, os investigadores não tinham os recursos necessários para estudar essas profundidades, mas os vislumbres da equipe de investigação do Arctic Sunrise revelaram um ecossistema rico e vibrante que se estende para além das áreas protegidas – um ecossistema que cientistas como Bello gostariam de ter a oportunidade de continuar a explorar. Se o Greenpeace estiver usando da mesma honestidade como a que a usou em uma audiência pública no Brasil, quando apresentou um vídeo falso como prova, felizmente desmentida por professor especialista da Universidade do Pará, a empresa entrará pelo cano. E os mexicanos serão ludibriados como foi o IBAMA, que até agora não deu a licença para a Petrobrás explorar o petróleo na Margem Equatorial, a 500 quilômetros da costa do Amapá. Pelo sim, pelo não, os engenheiros da TC Energy devem abrir os olhos. A conversa do GreenPeace é a mesma. Tem que estudar os corais, o gasoduto vai acabar com os peixes, o México vai ficar mais dependente de combustíveis fósseis, os efeitos das alterações climáticas, bla, bla, bla.. Por enquanto, o projeto está andando.
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