GREVE DE CAMINHONEIROS AGRAVA ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS EM SÃO PAULO E GASOLINA CHEGA A QUASE CINCO REAIS | Petronotícias




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GREVE DE CAMINHONEIROS AGRAVA ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS EM SÃO PAULO E GASOLINA CHEGA A QUASE CINCO REAIS

A situação do abastecimento de combustíveis em São Paulo parece ter saído do controle. A prefeitura recorreu à justiça que determinou a volta dos caminhoneiros ao trabalho. Mas a greve continua e o desabastecimento de combustíveis está chegando  a níveis perigosos. Muitos  postos já não tem gasolina, diesel e álcool. Hoje cedo, alguns postos estavam cobrando a gasolina aditivada a quase cinco reais. Mesmo com os preços altos, motoristas faziam fila para garantir o tanque cheio dos carros. Quatro responsáveis por postos de combustíveis foram presos na manhã de hoje na capital paulista acusados de crime contra a economia popular, por aumentar o preço dos combustíveis.  Segundo o delegado Fernando Shimidt De Paula, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), desde a noite de ontem a delegacia já recebeu 15 denúncias de abuso no preço dos combustíveis pela cidade. O desabastecimento é provocado pela paralisação de caminhoneiros em protesto contra as restrições de circulação na marginal Tietê. Com a paralisação, caminhões-tanque não estão abastecendo os postos. A medida estava em vigor desde dezembro, mas as multas começaram na segunda-feira (5). Estão proibidos de entrar na marginal veículos pesados entre as 5h e as 9h e entre as 17h e as 22h, de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados. A multa é de R$ 85,13 e acarretará acréscimo de quatro pontos na habilitação.  o Procon alertou  para a possibilidade de aumentos abusivos  do valor da gasolina e do álcool, e por isso orienta o motorista a exigir nota fiscal quando abastecer. O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação deve ligar para o número 151. O Sindicam (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado) informou que vai recorrer  a decisão da Justiça que determinou a retomada da distribuição de combustível em São Paulo. O sindicato afirmou que já encaminhou uma cópia da decisão liminar para as bases de caminhoneiros para que todos retornem ao trabalho, mas destacou que eles têm autonomia para acatar ou não. A multa diária pelo descumprimento da decisão, cobrada do sindicato, é de R$ 1 milhão. Em outra decisão, a Justiça concedeu uma liminar ao Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) que garante o direito de livre trânsito de caminhões-tanque e que eles tenham escolta policial para isso. Nesse caso, a multa ao sindicato foi fixada em R$ 5.000. A Polícia Militar instalou um gabinete de gerenciamento de crise para monitorar a situação e está escoltando caminhões-tanque para o abastecimento de serviços essenciais, como hospitais, bombeiros, transporte público e aeroportos.

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