GREVE DOS CAMINHONEIROS EM SP PREOCUPA A PETROBRÁS. ABASTECIMENTO ESTÁ SENDO GARANTIDO PELA POLÍCIA MILITAR

A presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, reconheceu que a situação da distribuição de combustíveis em São Paulo é preocupante para a estatal. Ela destacou que vem trabalhando junto à subsidiária BR Distribuidora para retomar a distribuição, que já começa a ser feita com proteção policial. A paralisação, que já acontece há dois dias, vem causando caos na metrópole e provocando cobrança de preços abusivos por combustíveis.

Segundo Graça Foster, os caminhões-tanque da Petrobrás voltaram a rodar durante a madrugada de hoje, mas  a normalização do abastecimento dos postos depende da logística das empresas distribuidoras de combustível.  Cerca de 70 caminhões Já foram escoltados pela Polícia Militar de São Paulo.

A presidente da estatal disse que a empresa tem trabalhado para que o abastecimento volte à normalidade o mais rápido possível. Ela aproveitou para reiterar seu discurso sobre o reajuste de preços, dizendo que a Petrobrás só irá reajustar os preços de combustíveis quando houver uma justificativa.

A greve dos caminhoneiros em São Paulo começou na segunda-feira, dia 5. O motivo da paralisação foram as novas regras de circulação da Marginal Tietê, uma das principais vias da cidade. Em vigor desde dezembro, as novas regras proíbem a circulação de veículos pesados entre 5h e 9h e 17h e 22h de segunda a sexta e entre 10h e 14h nos sábados. A multa para os infratores desta nova regra, que começou a ser aplicada no mesmo dia da paralisação, é de R$ 85,13.

A prefeitura recorreu à justiça, e conseguiu uma determinação para que os caminhoneiros voltassem ao trabalho. Porém, a greve continuou, e os níveis dos postos foram baixando perigosamente, o que causou a cobrança preços abusivos por parte de alguns postos e até mesmo a falta de combustível. Segundo o PROCON, já foram recebidas diversas denúncias de abuso de preço, com a gasolina sendo vendida a valores abusivos, que chegam a R$5 o litro.

O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens do Estado (Sindicam), que irá recorrer da decisão da justiça, já teve multa afixada em R$1 milhão por dia de paralisação no abastecimento. Para evitar as multas, o sindicato informou que já encaminhou cópias da liminar para as bases de caminhoneiros para que todos retornem ao trabalho, mas que cabe a cada um deles decidir se irá acatar ou não a ordem.