GREVE POR ATRASO NOS SALÁRIOS PARALISA OBRAS NA RNEST

Um protesto dos trabalhadores do consórcio EDTI, formado pelas empresas TKK e Egesa, causou grandes transtornos às obras de construção da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco. Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (27) o protesto se refletiu até mesmo no trânsito da rodovia  PE-60, provocando grande engarrafamento. O protesto é por salários atrasados e falta de pagamento das indenizações.

O consórcio é responsável por duas obras na refinaria, vencidas em 2009 e que tinha prazo para entregar em 32 meses por pouco mais de 724 milhões de reais. O consórcio é responsável pela implantação da estação de despejos industriais e das torres de resfriamento. A Petrobrás interveio para tentar encontrar uma solução para o problema e manteve uma reunião de emergência com representantes das duas empresas, bem como com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada – Sintepav-PE . Ficou acertado que até o dia 15 será pago o que é devido aos trabalhadores, além do 13º salário e das cestas básicas.

Durante todo dia foi fechado o acesso aos canteiros de obras de várias empresas no complexo portuário do Suape. Há uma possibilidade de um novo consórcio assumir a gerência dos trabalhadores e o andamento da obra da Egesa e TKK. Os trabalhadores que já foram demitidos terão prioridade no recebimento do que é devido. A expectativa é que essas pessoas recebam até o dia 2 de dezembro. A Egesa esta passando por muitas dificuldades financeiras e há inúmeros pedidos de falência da empresa em várias cidades. Suas obras com a Petrobrás enfrentam imensas dificuldades e o problema de não pagamento de salários não se restringe apenas às obras da Rnest. Em Maranguape (CE), o mesmo problema se repete.