GRUPO DE INVESTIDORES SOLICITA ADIAMENTO DE ENTRADA EM OPERAÇÃO DE PROJETOS SOLARES À ANEEL
A crise econômica vivida atrapalha em vários níveis o desenvolvimento nacional e um dos mais recentes exemplos se dá na forma de obstáculo para novas usinas solares no Brasil. Um grupo de seis investidores do segmento, nacionais e estrangeiros, solicitou o adiamento da entrada em operação de seus empreendimentos, por dois anos, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O pedido se dá com base no aumento do dólar desde a aquisição dos compromissos, em um leilão realizado em 2014 em que venderam antecipadamente a produção, como mostram documentos consultados pela Reuters.
A capacidade instalada que poderá demorar mais a entrar no sistema é de 690 MW, 77,5% do leilão realizado, o primeiro dedicado a contratar usinas fotovoltaicas em escala comercial no Brasil. Entre as empresas estão a Canadian Solar, Grupo Cobra, Fotowatio e Renova Energia.
O desenvolvimento de cadeia produtiva local de placas solares não foi percebida pelas empresas, forçando a importação de diversos equipamentos, para que os projetos sejam realizados a custos viáveis.
Somente uma empresa vencedora no certame não compõe o grupo, a italiana Enel Green Powe, que já está realizando a implementação de suas usinas na Bahia. Em fevereiro, uma primeira carta foi enviada para a Aneel, citando questões como “cenário macroeconômico global” e “cenário político brasileiro”, causando “reflexos diretos à viabilidade de impantação e sustentabilidade dos projetos”.
No ano passado, o governo federal realizou outro leilão voltado à energia solar e um novo está agendado para julho deste ano. Para isso, a vinda de novas empresas interessadas em expandir a cadeia de fornecimento está sendo buscada. Dois investidores chineses e uma grande empresa nacional são apontadas como fortes players nessa indústria, voltada para escala comercial.
Deixe seu comentário