GRUPO HCI EXPANDE ATUAÇÃO NO MERCADO EUROPEU
Completando 25 anos dedicados à distribuição de flanges e conexões no Brasil, o grupo HCI está abrindo sua primeira filial no exterior, a HCIbr, e prevê um crescimento de 20% com as novas operações em 2014, alcançando um faturamento de R$ 120 milhões. A unidade, instalada na Ilha da Madeira, em Portugal, está investindo R$ 3 milhões e servirá como base de apoio para o grupo em toda a Europa. O diretor superintendente da HCI, Marcos Alves, que está em Dussedorf, na Alemanha, onde participa de uma feira de tubos, explica que o objetivo da expansão é integrar as operações, que cada vez mais têm conotação internacional com a expansão do setor de óleo e gás brasileiro.
Qual o foco da nova unidade?
Hoje em dia, com o avanço do segmento de petróleo nacional e a crescente carteira de projetos da Petrobrás, as operações no Brasil estão num processo contínuo de internacionalização, envolvendo empresas de todos os cantos do mundo, então a necessidade de ter uma base no exterior, principalmente na Europa, tem se tornado cada vez mais presente. A HCIbr vem para promover a integração de nossas atividades em toda a cadeia no Brasil e na América Latina.
O mercado internacional oferece muitas oportunidades?
Sem dúvida há muitos negócios em andamento, mas inicialmente o foco será a melhora do nosso atendimento ao próprio mercado brasileiro, com intenção de reforçar a expansão por toda América Latina. Como temos muitos clientes que atuam globalmente, mesmo para trabalhar em projetos no Brasil, onde temos a maior parte dos negócios, percebemos que era fundamental essa ampliação, de maneira a dar o atendimento mais completo possível aos clientes em todas as fases do projeto.
Quais devem ser os ganhos com a filial?
É um investimento relevante, de R$ 3 milhões, onde teremos inclusive um depósito para consolidar cargas. Além dos ganhos logísticos e operacionais, prevemos ter um crescimento de 20% este ano com a abertura da HCIbr. Faturamos R$ 100 milhões em 2013 e este ano devemos chegar a R$ 120 milhões.
Quais serão os principais materiais a serem fornecidos com a unidade?
Todos os tipos de flanges e conexões, com destaque para os feitos em aços carbono, duplex e superduplex, inconel e GR 8. Todos têm utilizações fundamentais no setor de óleo e gás e o GR 8, especialmente, com alto teor de níquel, serve para variações de temperaturas bruscas, suportando receber substâncias com temperaturas altíssimas e baixíssimas.
Quais são os principais negócios da HCI atualmente?
Hoje são os FPSOs replicantes, que serão utilizados pela Petrobrás no pré-sal. Estamos fornecendo flanges e conexões para a Integra Offshore (formada por Mendes Júnior e OSX), a Tomé, o estaleiro Enseada do Paraguaçu, a Alusa, o estaleiro EBR, a Toyo-Setal, a Ecovix, a Mauá Jurong, a SBM, a Modec-Toyo entre outros envolvidos na construção dos navios-plataforma. Somos fortes também nos fornecimentos para clientes de equipamentos, que produzem trocadores de calor e caldeiras, como EBSE, CBC, Jaraguá, entre outros. Além disso, também temos contratos com usinas de etanol, para sistemas de cogeração de energia.
Quanto o setor de óleo e gás representa para a HCI?
Cerca de 70%. O resto está diversificado entre indústria (15%) e usinas (15%).
Como vê a demanda no mercado nacional hoje?
É muito promissora, fruto da busca pelo crescimento da produção de petróleo e gás no país, então vemos que há muitas oportunidades no horizonte. Há mais concorrência também, mas isso é um movimento natural da expansão da demanda. Estamos otimistas. A HCI já é uma das maiores distribuidoras de flanges e conexões industriais do Brasil, e continuaremos trabalhando fortemente para manter nossos padrões de qualidade, entrega e competitividade nos níveis internacionais.
Deixe seu comentário